Você sabe a importância de criar um plano de cargos e salários para o seu negócio? É por meio dele que você aumenta as chances de retenção de bons talentos e consegue organizar melhor a estrutura funcional da corporação.
Com a mudança na legislação trabalhista, ficou mais fácil criar um planejamento em parceria com os colaboradores, sem intervenções do Ministério do Trabalho. Quer entender melhor o assunto? Acompanhe!
Ele é um planejamento sobre todas as funções e salários de uma empresa. Ele determina as responsabilidades de cada profissional e os conhecimentos necessários para cada atividade.
O número de ocupações depende muito do porte da instituição. Geralmente, pequenas empresas possuem um número menor de funções e possibilidades de crescimento do que uma multinacional. Logo, cabe ao gestor avaliar quais são as necessidades da organização e estabelecer um plano de cargos e salários compatível com as atividades desempenhadas.
O documento ajuda a criar uma isonomia para trabalhadores que exercem a mesma função. Ele estabelece uma política salarial clara para os colaboradores e todas as possibilidades de crescimento dentro da empresa. Conheça os benefícios de criar um bom plano de cargos e salários:
Quando o documento é objetivo e detalhado, ele auxilia o gestor a dar mais agilidade ao processo de seleção de novos profissionais. Como assim? O plano permite que você estabeleça as atividades que serão desempenhadas pelo colaborador, os conhecimentos técnicos necessários e as características pessoais desejadas.
Sendo assim, ao divulgar a vaga, já é possível observar todas as informações que constam no plano de cargos e salários e informar as atribuições específicas. Essa prática permite atrair profissionais capacitados para a função e interessados na faixa salarial oferecida.
Além disso, o gestor poderá fazer uma melhor avaliação sobre o profissional, pois conhecerá as reais necessidades da companhia.
A criação de um plano de cargos e salários também contribui para a retenção de talentos. Isso porque os profissionais interessados em crescer na empresa saberão exatamente o que fazer para conquistar um novo cargo.
Por exemplo: o documento poderá informar que para exercer o cargo de analista contábil pleno é necessário que o profissional tenha 4 anos de experiência e uma especialização na área. Portanto, o contador que atua como analista júnior saberá que precisa ter mais experiência e buscar uma qualificação profissional para alcançar uma nova colocação. Isso também ocorre para outras funções como analista de RH, gerente de produção, analista de marketing e etc.
Dessa maneira, o planejamento permite que os profissionais busquem o aperfeiçoamento profissional para permanecerem mais tempo na companhia. Além do mais, a empresa consegue se preparar financeiramente para oferecer oportunidades diferenciadas para os seus melhores colaboradores.
A reforma trabalhista propicia mais flexibilidade para a contratação e demissão de profissionais, por meio de acordos individuais. Contudo, a troca constante de funcionários aumenta muito os custos da empresa com processos como:
Portanto, o planejamento também favorece a redução de custos, uma vez que o colaborador entra na empresa conhecendo as funções que serão exercidas e a sua possibilidade de ascensão profissional.
Para criar um documento eficiente e objetivo, é fundamental desempenhar o passo a passo a seguir:
O gestor deve fazer uma avaliação sobre os cargos existentes na companhia e as atividades desenvolvidas pelos colaboradores. Também é importante registrar os salários pagos para cada função. Dessa maneira, você poderá criar um esboço sobre as práticas atuais da sua empresa.
O gestor deve fazer uma análise sobre a média salarial aplicada no mercado, as denominações usadas para as funções e as atividades desenvolvidas. Desse modo, a companhia poderá oferecer valores adequados para a qualificação profissional desejada, bem como benefícios e bonificações.
Um grande erro de pequenas empresas é oferecer um salário baixo para os profissionais qualificados. Qual é o resultado? Elas têm dificuldade para encontrar colaboradores capacitados ou até contratam, mas eles permanecem poucos meses na organização porque encontram ofertas melhores.
Logo, a remuneração precisa ser justa em relação às atividades desempenhadas, nível de experiência e qualificação do trabalhador.
Depois de identificar as necessidades do escritório e as práticas adotadas pelo mercado, é hora de se concentrar na elaboração do plano. Procure identificar os cargos existentes na empresa, atividades desempenhadas e conhecimentos necessários. Veja um exemplo:
CargoAtividades e característicasExperiênciaConhecimentoRemuneraçãoEstagiárioAdministração de notas fiscais, lançamento de imposto de renda. É necessário ter proatividade.NenhumaEstar, no mínimo, no 3º semestre de graduação em Ciências Contábeis.R$ 900,00Analista JúniorImplantação de documentos, importação de arquivos, recebimento de documentos. É necessário ter proatividade e ser comprometido.NenhumaFormado em Ciências Contábeis.R$ 2.200,00Analista PlenoElaboração de relatórios e balancetes, análises contábeis etc. É necessário ter proatividade e saber lidar com conflitos.3 anosFormado em Ciências Contábeis e especialização na área.R$ 2.900,00Analista SêniorGerenciamento da equipe, análise de resultados, apresentar considerações aos clientes. É necessário ter habilidades de negociação e esclarecimento de dúvidas.5 anosFormado em Ciências Contábeis e com MBA na área.R$ 3.700,00
Com essas especificações, os colaboradores saberão o que devem fazer para avançar na carreira.
O gestor precisa acompanhar o desenvolvimento da equipe e a produtividade dos colaboradores. Dessa maneira, ele conseguirá dar um feedback para os profissionais sobre a atuação deles e o que deve ser aperfeiçoado para que possam alcançar outros cargos.
Essa prática também contribui para a motivação dos funcionários e crescimento do negócio. Afinal, quanto mais capacitada for a equipe, melhores serão os resultados.
O plano de carreira deve acompanhar as mudanças do mercado. A nova legislação trabalhista trouxe uma facilidade aos gestores nesse sentido. Agora não é mais necessário enviar o documento para aprovação do Ministério do Trabalho.
Em vista disso, o plano pode receber ajustes e ser negociado entre o gestor e seus colaboradores. Fique atento: um grande erro cometido por muitas empresas é não adaptar o planejamento conforme as mudanças na maneira de desempenhar as tarefas.
A tecnologia oferece inovações constantemente e os profissionais precisam se adaptar a elas. Sendo assim, as atividades dos colaboradores também mudarão com o tempo e precisarão ser ajustadas no plano de carreira.
Enfim, o plano de cargos e salários é uma excelente oportunidade para fazer o negócio crescer e diminuir os índices de turnover. Quer saber como aprimorar o gerenciamento dos seus colaboradores? Confira o e-book sobre os desafios da gestão de pessoas!