Como saber, de fato, o que precisa ser desenvolvido para sua equipe performar melhor? Apostar em treinamentos “no escuro” desperdiça tempo e orçamento. O Levantamento de Necessidades de Treinamento (LNT) resolve esse problema ao transformar percepções dispersas em diagnóstico claro, alinhado à estratégia do negócio.
“Treinar sem diagnóstico é apostar na sorte; treinar com LNT é investir com propósito.”
Além de aumentar a produtividade, um LNT bem estruturado fortalece a marca empregadora, melhora o engajamento e eleva o ROI de T&D ao alocar recursos onde há maior impacto.
O LNT é um processo baseado em gestão por competências que compara o que a função exige com o que cada pessoa/área entrega hoje. A partir dessa análise, define-se o que desenvolver (hard e soft skills), para quem e com quais ações (trilha, formato, duração, priorização).
Quando contínuo, o LNT ajuda a:
Não é só “quando há problema”. O LNT funciona em momentos estratégicos do ciclo de gente:
🎯 Regra prática: trate o LNT como processo recorrente, não como projeto pontual.
Antes de sair medindo tudo, conecte o LNT à estratégia da empresa. Depois, avance por quatro análises que estruturam o diagnóstico:
O primeiro passo do Levantamento de Necessidades de Treinamento é olhar para fora da equipe e conectar o processo ao planejamento estratégico da empresa. Isso significa relacionar missão, visão e objetivos corporativos às competências que os colaboradores precisam dominar.
Por exemplo: se a empresa tem como meta expandir sua atuação digital, o LNT deve priorizar competências digitais, inovação e uso de novas tecnologias. Da mesma forma, se o foco é excelência em atendimento, faz sentido investir em comunicação, empatia e customer experience.
Essa etapa evita que os treinamentos sejam apenas reativos, servindo como instrumento de gestão estratégica de pessoas. Em vez de cursos isolados, o RH estrutura trilhas de aprendizagem alinhadas ao negócio, aumentando o engajamento do time e a competitividade da empresa.
Depois de olhar para a estratégia, é hora de observar quem vai executá-la. A análise de recursos humanos avalia o perfil atual do time, considerando três dimensões principais:
Essa análise mostra onde estão os gaps de competências — ou seja, a distância entre o que o colaborador entrega hoje e o que o cargo ou a estratégia exigem. Para isso, podem ser usados avaliações de desempenho, feedbacks estruturados, mapeamento de perfil comportamental e People Analytics.
O resultado é um retrato claro das forças e pontos de melhoria da equipe, que orienta o RH na definição de planos de desenvolvimento individual (PDI) e treinamentos mais assertivos.
Um dos erros mais comuns no T&D é treinar sem clareza do que cada cargo realmente exige. A análise da estrutura de cargos resolve isso ao comparar as descrições de cargo, atribuições e competências-chave com a entrega atual de cada colaborador.
Se a descrição do cargo pede domínio avançado de relatórios financeiros e o profissional só domina o nível básico, temos um gap de habilidade técnica. Se a função prevê gestão de equipe e o colaborador tem dificuldades de liderança, trata-se de um gap comportamental.
Essa análise é especialmente útil para:
Em resumo, essa etapa garante que cada treinamento esteja diretamente vinculado à performance esperada do cargo e não apenas a percepções subjetivas.
Por fim, é preciso definir como os resultados do treinamento serão avaliados. Aqui entram os indicadores de desempenho e critérios de sucesso. Alguns exemplos:
Ferramentas como o Modelo de Kirkpatrick (níveis de reação, aprendizagem, comportamento e resultados) ou People Analytics tornam essa etapa mais robusta. O importante é que o treinamento seja tratado como investimento estratégico, e não apenas custo, com métricas que comprovem o impacto no negócio.
Você já tem o mapa. Agora, transforme-o em ação com estas sete dicas — atualizadas e orientadas a dados:
Um bom Levantamento de Necessidades de Treinamento começa pela identificação de indícios concretos. Atrasos frequentes, retrabalho, erros recorrentes, aumento do turnover, absenteísmo e falhas em processos críticos são sintomas claros de que há algo a ser ajustado.
Mas não basta observar o “quê”: é essencial registrar as causas prováveis. Um atraso pode vir de falta de organização pessoal ou de desconhecimento sobre o processo. Já a alta rotatividade pode apontar para problemas de engajamento ou falta de perspectiva de carreira.
Mapear esses sinais cria hipóteses que depois serão testadas com avaliações e dados. Assim, o LNT se apoia em evidências objetivas, e não apenas em percepções subjetivas de gestores ou do RH.
Somente observar ou “achar” que há uma falha não é suficiente. É preciso usar avaliações de desempenho e metas claras para confirmar se realmente existe um gap de competências.
Com dados objetivos, você consegue responder perguntas como:
Ferramentas de People Analytics, feedback estruturado e OKRs/KPIs de desempenho ajudam a eliminar a subjetividade e mostrar com clareza o que treinar, para quem e em qual prioridade.
Os colaboradores da linha de frente muitas vezes enxergam gargalos que a gestão não percebe. Por isso, dar espaço para que eles compartilhem suas dores é essencial.
Use questionários, checklists ou pesquisas de clima, sempre com a opção de anonimato para garantir sinceridade nas respostas. Questões como “Quais processos você considera ineficientes?” ou “Em que pontos sente falta de treinamento?” revelam oportunidades de melhoria invisíveis para os líderes.
Além disso, quando o colaborador percebe que sua opinião é considerada, ele se engaja mais no processo de T&D, fortalecendo a cultura de aprendizado organizacional.
Treinamentos só fazem sentido se gerarem transformação. Para medir isso, é fundamental aplicar testes técnicos, simulações ou provas de habilidade antes e depois das capacitações.
Esse ciclo — baseline → treinamento → reavaliação — comprova se houve ganho real de conhecimento e ajuda a ajustar as trilhas de aprendizado. Por exemplo: se, após um treinamento, a taxa de erros em relatórios fiscais caiu 30%, é sinal de que a capacitação atingiu o objetivo.
Com isso, a área de RH e T&D consegue demonstrar ROI em treinamento, evitando investimentos em cursos que não trazem impacto mensurável.
Treinar apenas quando surge um problema é um erro comum. Empresas que se destacam em performance tratam o desenvolvimento como processo contínuo.
Em vez de ações genéricas, crie trilhas de aprendizado personalizadas de acordo com os cargos, níveis e planos de carreira. Combine treinamentos formais com práticas de mentoria, feedbacks frequentes, comunidades de prática e programas de reskilling e upskilling.
Essa abordagem estimula a cultura de aprendizado contínuo, onde cada colaborador entende que evoluir faz parte da rotina, e não apenas uma solução pontual para falhas.
O LNT também deve estar presente nos momentos de entrada e saída de colaboradores.
Integrar esses dois momentos dá ao RH uma visão completa do ciclo de vida do colaborador e fortalece o aprendizado organizacional.
Hoje, não é mais possível falar em T&D sem mencionar tecnologia. Ferramentas como LMS (Learning Management Systems), People Analytics, dashboards de desempenho, gamificação e microlearning são grandes aliadas do LNT.
Assim, a gestão de treinamentos deixa de ser manual e passa a ser estratégica, baseada em dados e escalável, permitindo mensurar o impacto real das ações de capacitação no negócio.
Conheça também o Fortes RH, a solução completa da Fortes Tecnologia para gestão de pessoas.
Escolha poucos, pertinentes e rastreáveis. O trio abaixo dá uma visão equilibrada:
Dica: crie uma linha de base antes do treinamento e defina metas de melhora. Sem baseline, não há ROI confiável.
O Levantamento de Necessidades de Treinamento não é um formulário — é um sistema de decisão. Quando você conecta estratégia, dados e tecnologia, T&D deixa de ser custo e vira alavanca de resultado. Comece pequeno, meça sempre e evolua o processo de forma contínua.