Se você acredita que o seu negócio detém falhas ou precisa de melhorias, mas não sabe exatamente em quais pontos estão os erros, então realizar a aplicação e análise de indicadores de desempenho financeiro será a solução para os seus problemas.
Não são todos os gestores que utilizam essas medições, seja por não saberem como aplicá-las ou não entenderem sua importância, porém são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento de sua empresa.
Explicamos tudo sobre esses indicadores neste post, incluindo seu conceito, importância, quais desses indicadores são necessários antes de fazer sua análise, entre outros tópicos. No fim, ainda expomos alguns casos de empresas reais que conseguiram sucesso ao utilizá-los! Confira!
Também conhecidos como KPIs (keys-performance indicators), os indicadores de desempenho são ferramentas que medem os resultados das atividades estratégicas executadas pelos gestores em um período.
Eles são aplicados antes e constantemente após as mudanças realizadas na organização, assim, é possível detectar se resultados específicos estão performando conforme o planejado. Quanto ao setor financeiro, podemos considerar o capital, patrimônio, rentabilidade e outros elementos relacionados às finanças.
Para uma boa gestão contábil o gestor precisa ter em mãos dados precisos, transparentes e reais sobre seu negócio. Essas informações são fornecidas por meio de demonstrativos financeiros, como o balanço patrimonial, demonstrativo de resultados e o de origem e aplicação de recursos.
Entretanto, não basta simplesmente apresentar as informações sobre o negócio ao administrador, ele deve saber identificar falhas na gestão. Se os demonstrativos apresentarem resultados negativos, o gestor precisa de meios para saber exatamente quais mudanças devem ser realizadas.
Mesmo se os demonstrativos da empresa apresentarem resultados positivos, o proprietário poderá corrigir eventuais erros encontrados na análise de indicadores e maximizar o desenvolvimento do seu negócio.
A gestão financeira é complexa e envolve diferentes contas. Os indicadores são divididos em quatro categorias: de atividade, estrutura de capital, liquidez e rentabilidade, sendo que cada um deles analisa os dados da empresa sob diferentes aspectos. Confira-os abaixo.
São utilizados para medir a velocidade em que as contas da empresa são transformadas em vendas ou capital em caixa. Veja esses indicadores a seguir.
Expõe quantas vezes o dinheiro do caixa é utilizado para financiar atividades em um período de tempo (o ciclo do capital). Para calculá-lo, primeiro é preciso encontrar o ciclo financeiro (CCC), que é o prazo que os recursos da empresa levam para se transformarem em dinheiro, em dias:
CCC = Prazo médio de estoque (DIO) + prazo médio para receber vendas (DSO) — pra médio para pagar fornecedores (DPO)
Com esse dado em mãos, o cálculo para entrar o giro de caixa (GC) se torna mais simples:
GC = número de dias no ano (365) / CCC
Indica a velocidade com que o inventário da empresa é renovado em um período de tempo. Seu cálculo é simples, mas envolve variáveis que devem corresponder com a realidade da empresa, veja sua fórmula:
Giro de estoque = total de vendas / volume médio de estoque
Demonstra a movimentação financeira em um determinado período de tempo, monitorando as entradas e saídas de capital. O fluxo de caixa ainda pode ser dividido em diferentes subtipos:
Os indexadores dessa categoria avaliam a capacidade do crescimento sustentável a partir de endividamentos e financiamentos.
Compara a dívida da empresa perante terceiros e o investido pelos empreendedores. Assim, será possível averiguar quanto do lucro é utilizado para quitar o endividamento. Seu cálculo é idêntico ao seu nome: total do endividamento da empresa / patrimônio.
Mede a capacidade de quitação de juros sem comprometer a geração de caixa. Aqui não se encontra o nível de endividamento, mas apenas os custos com juros. Para calculá-lo, sua fórmula é a seguinte:
Cobertura de juros = lucros antes de juros e tributos (EBIT) / despesa financeira bruta
Seus objetivos são evidenciar se a organização pode cumprir seus compromissos até o prazo estipulado. Neste tópico estão presentes 4 indicadores.
Evidência quanto a empresa receberá em relação às suas dívidas em um período de até 12 meses. Se o resultado for menor que 1, o negócio está endividado e terá problemas em honrar seus compromissos. Veja como calculá-lo:
LC = ativo circulante (AC) / passivo circulante (PC)
Aplica lógica similar à anterior, porém ignora os estoques, que só são convertidos em dinheiro após a concretização de vendas. Na sua fórmula, apenas se remove o estoque do ativo circulante, veja a fórmula:
LS = (AC — estoque) / PC
Contabiliza as contas que podem ser imediatamente transformadas em dinheiro. Ele avalia a capacidade de quitar dívidas de curto prazo (dentro de 6 meses). Esse indicador aponta a possibilidade de pagamento das dívidas da empresa de maneira imediata.
Corresponde a uma estimativa de quanto a empresa consegue pagar das suas dívidas com o capital disponível — caixa, banco e aplicações financeiras de retirada imediata. Sua fórmula é:
LI = Disponibilidades / PC
Contempla a capacidade de cumprir obrigações em 12 meses, mas também engloba previsões de médio e longo prazo. O cálculo envolve ativos e passivos circulantes, realizáveis em 12 meses, bem como os ativos não-circulantes (ANC) e os passivos não-circulantes (PNC), realizáveis em mais de 12 meses. Veja seu cálculo:
LG = (AC + ANC) / (PC + PNC)
Todos estão ligados à rentabilidade e lucratividade do negócio em diferentes períodos de tempo, analisam os ganhos provenientes de vendas, capital investido e ativos em geral.
Demonstra quanto o capital restante da empresa após a dedução das despesas, exceto o Imposto de Renda (IR). O resultado é um percentual que mede o lucro operacional gerado pela empresa para cada R$ 1 em vendas líquidas. Veja seu cálculo:
MO = lucro operacional / receita líquida
EBITA, ou LAJIDA em português, é uma sigla que significa Lucros Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Ele avalia o impacto das vendas no caixa da empresa (retorno financeiro). Confira o calculá-lo:
EBITDA = lucro operacional antes de receitas/despesas financeiras e o imposto de renda + depreciações + amortizações
Similar aos anteriores, demonstra o montante restante das vendas após dedução das despesas, porém inclui o IR. Veja sua fórmula:
Margem líquida = (lucro líquido / receita líquida) x 100
Esse índice determina a porcentagem de ganhos sobre um determinado investimento realizado. Confira-o:
ROI = lucro líquido (LL) / (AC + ANC)
Mede o lucro de uma empresa em relação ao que foi investido pelos acionistas ou proprietários do empreendimento. Sua fórmula é simples:
ROE = LL / patrimônio líquido (PL)
Também é bastante importante mensurar o lucro da operação, afinal de contas um negócio existe para esse fim. Nesse sentido, os indicadores de lucratividade relacionam alguma informação vinda do demonstrativo de resultados diretamente com a receita líquida da organização. Assim, é evidenciado qual foi o lucro auferido em um determinado período.
A margem bruta indicará qual o grau de eficiência da empresa em relação às suas vendas, pois mostra o quanto foi ganho. Isso é conseguido após a dedução de todas as despesas, como impostos e custos relacionados ao material e produto vendido. Seu valor em percentual é obtido com a aplicação da fórmula a seguir.
Margem bruta (%) = lucro bruto (R$) / receita bruta (R$)
A sigla vem do inglês (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) e significa "lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações". É um indicador financeiro muito utilizado, pois demonstra a capacidade de geração de caixa de uma organização.
Seu cálculo decorre da geração de receita por meio de suas atividades operacionais. Pode ser conseguido aplicando uma das duas fórmulas a seguir.
EBITDA = resultado líquido + juros + impostos + depreciação + amortização
EBITDA = resultado operacional + depreciação + amortização
Antes de realizar a análise de indicadores na prática, deve-se preparar a análise para garantir que os dados sejam aproveitados ao máximo.
Toda mudança, projeto e investimento em uma empresa deve ter um objetivo bem delineado, isso também deve ser feito antes da aplicação dos indicadores financeiros. Os gestores devem:
O mapeamento consiste na organização dos processos do negócio por meio de uma representação visual de todas as etapas, pessoas, objetivos, decisões e fluxo de trabalho presentes em um negócio.
Esse é um requisito tanto para aplicação dos indicadores de desempenho como para realização de suas análises, pois permite medir separadamente cada aspecto do negócio. Para fazê-lo, é preciso:
Após as etapas anteriores, realize uma autoavaliação dos indicadores para verificar se estão conexos com essas definições, ou seja, se serão úteis para atingir objetivos e podem medir os processos. Para averiguar se a aplicação dos indicadores serão úteis ao negócio, faça as seguintes perguntas para cada um deles:
Com os dados dos indicadores em mãos e cumpridos os requisitos para fazer as análises, resta estudar as informações dos indicadores para averiguar se os resultados desejados estão sendo alcançados. Veja como fazê-lo a partir dos tópicos abaixo.
Como os indicadores de desempenho são continuamente aplicados durante o desenvolvimento da organização, o primeiro passo é reunir os resultados anteriores e observar quais foram os impactos negativos e positivos.
O gestor deverá coletar informações passadas, estruturá-las no mesmo formato utilizado pelo indicador (como planilhas) e colocá-las lado a lado para fazer a comparação. Esse processo se tornará mais fácil se os mesmos indicadores estão sendo aplicados há mais tempo na empresa.
Nessa etapa é preciso encontrar o que levou aos resultados obtidos, bem como se as mudanças foram positivas ou não. Para isso, você pode descrever os processos utilizados na empresa, bem como os fatores internos e externos do período de aplicação dos indicadores.
Os gestores devem pensar nas alternativas possíveis para melhorar o alcance de resultados dos indicadores em questão e aplicá-las na rotina da empresa. As três etapas explicadas devem ser reaplicadas para averiguar os resultados dos novos métodos.
Acompanhe a seguir os principais erros no uso de indicadores em um sistema de avaliação de desempenho empresarial.
Admitir que uma gestão deve ser imutável é o passo mais certeiro rumo a derrocada de uma operação. No desenvolvimento de uma sociedade, nada é permanentemente fixo e tudo está em constante evolução.
Assim também deve ser com os sistemas de medição em uma organização, com a utilização dos indicadores de performance. Conforme a operação da empresa avança, pode ser que um determinado meio de avaliação torne-se ultrapassado ao não refletir mais a realidade do dia a dia.
Numa situação dessas, não deve haver hesitação: indicador deve ser substituído por uma medida nova e que esteja adequada a nova realidade que se apresenta. Portanto, deve-se considerar que o sistema adotado pode sofrer mudanças ou mesmo ser substituído no futuro. Nenhum sistema de avaliação deve permanecer rígido ao longo do tempo de forma que não sofra nenhuma interferência.
Na estrutura de atividades de uma organização, são encontrados diferentes níveis de atuação. O mais básico dele é o nível operacional, em que se situam a parte de ação da empresa e as ações são efetivamente desempenhadas.
No nível logo acima, temos o patamar tático. Nele são tomadas as decisões a nível gerencial. Elas causam algum impacto, sobretudo no médio prazo. Em um nível mais acima temos o planejamento estratégico, onde são decididos os rumos da organização, com decisões que impactam no pensamento de longo prazo.
Os indicadores financeiros precisam estar corretamente aplicados a cada nível empresarial de tomada de decisão ou execução de ações. Não considerar essa divisão pode levar a organização a escolher por caminhos que podem levar ao seu fracasso. Indicadores financeiros aplicados a nível estratégico revelam as medidas tomadas no passado que são frutíferas hoje, enquanto indicadores em plano operacional mostram a eficiência dos procedimentos.
Pode ser um erro considerar que apenas os fatores numéricos sejam importantes. Isso decorre do fato de que existem muitas questões de altíssima importância para uma organização que não são tangíveis. Sim, isso mesmo. Quando se quer conhecer causas relacionadas à insatisfação do cliente e que o levaram a declinar de um negócio, certamente não estamos falando de valores numéricos.
Assim, gerenciar considere apenas fatores numéricos pode ser como pilotar um carro de fórmula 1 olhando pelo retrovisor. Os números estão aptos a mostrar como foi o desempenho passado em um determinado período. Outras questões relacionadas às dores dos clientes simplesmente não são alcançadas dessa forma.
Os números devem ser considerados parte do processo, mas não o processo em si. Outras questões subjetivas ao negócio (e que, portanto, não podem ser mensuradas) devem estar entre os guias da gestão. Em uma análise mais apurada, pode ser que se chegue a conclusão que esses questionamentos podem ser mais importante até mesmo do que os números.
Com o crescimento de uma empresa, é natural que vários departamentos sejam criados ou até mesmo expandidos em um nível bastante grande. Daí surge um considerável problema: achar que todos os departamentos têm a mesma importância para a organização.
É claro que os diferentes setores têm seu grau de importância e necessidade dentro de qualquer organização. No entanto, considerar que, para uma empresa de desenvolvimento de softwares (por exemplo) o setor de RH tem o mesmo peso do conjunto de programadores pode ser um grande equívoco.
Nesse sentido, utilizar vários indicadores para os vários departamentos não é uma solução adequada para um sistema de medição de desempenho. Pior ainda é considerar que todos esses indicadores têm a mesma importância (porque de fato não têm). Deve-se elencar quais são os conjuntos de dados mais importante e ter o foco concentrado neles.
Os indicadores financeiros têm sua aplicação concentrada no nível estratégico da organização. Já os indicadores operacionais se relacionam com as ações que precisam ser desenvolvidas ao longo do dia de atuação da empresa para que ela alcance os objetivos propostos.
Ao se considerar apenas um desses dois grupos de indicadores e não relacioná-los de forma equilibrada, leva-se a gestão a um nível de provável equívoco. Os dois conjuntos devem estar em harmonia, sob risco de sério prejuízo.
Sempre se deve ter em mente que os indicadores financeiros refletirão como as decisões tomadas no passado impactam na situação atual da empresa. Já os amostradores operacionais revelarão a eficiência da empresa. Jamais deve-se sacrificar o desempenho de longo prazo por um ganho financeiro de curto período. Por isso esses indicadores devem estar em perfeita sintonia.
Os indicadores de desempenho financeiro precisam ser utilizados minuciosamente. Eles devem ter uma finalidade, meta, fórmula própria para calculá-los, fonte de dados precisa e transparente, frequência de apuração e um responsável competente para estruturá-los.
Entretanto, medir resultados manualmente é bastante custoso e é uma atividade não admite erros, caso contrário poderá levar à tomada de decisões equivocadas. A melhor solução para esses problemas é a implementação de softwares de gestão financeira.
As plataformas de gestão são capazes de realizar cálculos complexos instantaneamente e sem erros. Evitam gastos com impressões, geram relatórios e planilhas de fácil entendimento e que podem atualizados em tempo real.
Esses programas consistem na melhor opção para identificar falhas e averiguar se os resultados da gestão estão sendo positivos. Para comprovar essa afirmação, expomos três casos de sucesso de organizações que obtiveram sucesso ao utilizá-los.
Essa é uma empresa que atua em instalações industriais com mais de 60 anos no mercado. Em razão de seu tamanho, seus colaboradores demoravam cerca de 5 dias para o fechamento da folha, mas graças aos softwares da Fortes Tecnologia, a atividade é encerrada em 2 ou 3 dias.
O programa integrou os departamentos financeiros, contábeis e de pessoal, possibilitando a realização de tarefas burocráticas em poucos cliques. Isso apresenta um ganho de 50% na produtividade, além de também fornecer um excelente suporte técnico.
Empresa de médio porte que presta assessoria contábil e de auditoria, adquiriu o software que integrou as operações contábeis e fiscais, garantindo relatórios mais transparentes e reais por um baixo custo.
Outras vantagens observadas foram o atendimento em tempo real e o treinamento eficaz. Tudo isso permitiu que eles captam mais clientes sem reduzir a qualidade do serviço prestado.
Empresa do segmento contábil, também implantou o software da Fortes que integra as operações contábeis e fiscais, tornando automáticas as atividades puramente burocráticas, como contabilização de pagamentos, acompanhamento de certidões, entre outras.
Aliado a um bom atendimento, o sistema permitiu que os colaboradores se concentrarem em suas atividades principais, aumentando a produtividade dos colaboradores e permitindo que se tornasse melhor a análise dos resultados de seus clientes.
Saber realizar a análise de indicadores de desempenho financeiro é essencial para verificar se os resultados obtidos pela empresa foram os pretendidos. Com a utilização de softwares de gestão, como os oferecidos pela Fortes Tecnologia, você promoverá mais segurança no tratamento das informações coletadas.
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