Gestão financeira para construtora: saiba como sobreviver à crise

Gestão financeira para construtora: saiba como sobreviver à crise
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Você sabia que, mesmo durante os períodos de grandes crises, as construtoras podem permanecer lucrativas? Essa afirmação em formato de pergunta costuma causar incertezas, já que uma crise de grandes proporções pode causar estragos equivalentes a tal cenário. O ponto mais interesse é que a saída não envolve ações mirabolantes. Tudo o que você deve fazer é rever o modelo de gestão financeira para construtoras que tem utilizado.

Desde já, observe que os benefícios atrelados a um modo ideal de gerir as finanças dos seus negócios não se limitam a conjunturas econômicas desfavoráveis. Pelo contrário: a adoção de medidas pontuais é fundamental para estabelecer bases sólidas. São elas que sustentarão a organização em qualquer circunstância — por pior que ela possa parecer.

Então, que tal aplicar uma gestão financeira para construtoras realmente capaz de proteger o caixa da sua empresa? Confira, a seguir, os principais aspectos que precisam ser considerados nos mínimos detalhes!

Cronograma aliado ao orçamento

Para começar, você precisa conferir se há um cronograma de construção aliado ao orçamento de obras. Mesmo que isso já seja uma realidade na sua construtora, é crucial verificar o grau de eficiência das ferramentas usadas para tal. Afinal, existem diferentes formas de efetuar esse processo.

O objetivo central é avaliar o total de gastos previstos nas etapas da edificação de cada obra. Logo, o mais recomendável é ter em mãos um software de gestão que proporcione o acompanhamento próximo de todas as fases.

Com base nos dados obtidos, a solução tecnológica certa consegue cruzar os dados necessários para fornecer informações relevantes. Com elas em mãos, por sua vez, você projetará gastos para as próximas semanas ou meses com máxima precisão. Portanto, todo o processo de tomada de decisão relacionado ao orçamento se tornará organizado e alinhado ao progresso de construção dos empreendimentos.

Repare que, além da qualidade, a quantidade de funcionalidades de gestão disponíveis faz toda a diferença. Para entender isso, basta lembrar que a complexidade das fases de edificação tende a variar de um projeto para outro. Por mais simples que um projeto seja, ainda assim ele compreenderá os sistemas elétrico e hidráulico, por exemplo.

Lançamento de contas a pagar

Esse lançamento diz respeito ao processo de apropriação dos custos relativos aos empreendimentos. O intuito reside em contabilizar os valores empregados em cada obra e, a partir daí, minimizar um problema clássico: os gastos extras excessivos.

Sabemos que, mesmo com a melhor cultura orçamentária em uso, o gasto inicial estimado está propício a sofrer algumas alterações que, geralmente, são consequência de imprevistos. Como a apropriação de custos ocorre simultaneamente ao levantamento do prédio, ela facilita a detecção de falhas que possam acarretar perda da margem de lucro ou prejuízo.

Além disso, é por meio da referida apropriação que a construtora especifica os custos gerados por cada fase do projeto. Com todos os dados reunidos em um histórico, você pode comparar a eficácia dos métodos de trabalho utilizados em empreendimentos distintos.

Realização da conciliação bancária

Além de monitorar o fluxo de entradas e saídas da empresa, cumpre ao gestor financeiro efetuar a conciliação bancária. Ao direcionar os olhares ao saldo bancário da organização, ele precisa averiguar se há qualquer tipo de inconsistência entre todos os registros. De maneira simplificada, as movimentações financeiras do banco devem coincidir totalmente com os números obtidos pela organização.

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As possíveis divergências devem ser avaliadas com cautela. É comum que algumas transações bancárias levem mais tempo até a finalização, como a compensação de cheques. Nessas circunstâncias, não há muito com o que se preocupar, desde que se confirmem, posteriormente, as baixas pendentes.

Problema mesmo são os materiais adquiridos e não contabilizados integralmente. Isso explica a importância de se praticar uma apropriação de custos acurada. Também demonstra que, além de decisivos no aprimoramento da gestão financeira da sua construtora, todos os aspectos abordados estão interligados entre si.

Controle de custos, despesas, recebimentos e pagamentos

Embora básico, nem todo gestor mantém uma boa relação com o fluxo de caixa do negócio. Seja por desconhecimento técnico ou acúmulo de funções, não são poucos os gestores financeiros que negligenciam o controle de receitas, custos e despesas.

Rever as práticas adotadas na gestão das entradas e saídas financeiras da sua construtora é determinante para aprender a lidar com as crises do mercado. Um gerenciamento verdadeiramente profissional parte do princípio de que as transações costumam levar um tempo para se concretizarem.

As incorporadoras estão em um dos muitos segmentos direta ou indiretamente afetados por promessas de pagamento. Quer um exemplo? Os próprios financiamentos imobiliários. No fundo, o que existe na operação é um processo de compra de médio ou, na maior parte das vezes, de longo prazo. Por parte da empresa, há uma expectativa de recebimento dos valores atrelados à transação.

Entre outros, um dos papéis do gestor de finanças consiste em equilibrar a balança do fluxo de caixa. Espera-se dele a apresentação de soluções que viabilizem aquele empreendimento que ainda está no papel. Por sinal, é bem provável que o montante necessário para finalizá-lo esteja indisponível no momento inicial das obras. Isso significa que o mesmo gestor deve saber como administrar a empresa em momentos de déficit.

Com as projeções do fluxo de caixa para os meses seguintes, as finanças da construtora ganham uma proteção a mais. Para tanto, tais projeções de gastos e recebimentos devem ponderar eventuais reajustes de preços de insumos. Assim, é possível pensar em planos alternativos a serem aplicados em cenários distintos.

Basicamente, uma análise aprofundada da situação financeira de uma construtora revela momentos bons e ruins. Os ruins, como explicamos, tendem a ser temporários, pois estão vinculados aos pagamentos dos clientes. Amparado pelas ferramentas adequadas, o gestor terá uma estimativa confiável quanto às possibilidades do próximo período.

As melhores fases do ano podem ser marcadas pela entrada de grandes volumes de dinheiro na empresa. Aqui, o gestor financeiro fica encarregado de investigar e divulgar as razões desses resultados aos diretores da organização. Em caso de ampliação e consolidação dos lucros, é interessante reinvestir no próprio negócio. Preferencialmente, a destinação dos recursos deve estar prevista no planejamento estratégico da organização.

Como é de se esperar, o sucesso da aplicação das medidas mencionadas ao longo deste conteúdo depende do emprego de uma metodologia funcional e efetiva. Isso é primordial para que você identifique erros, aperfeiçoe processos e, acima de tudo, elabore um planejamento financeiro que satisfaça os objetivos do seu negócio. Por fim, cabe enfatizar que a gestão financeira para construtoras pode ter um controller como importante aliado.

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