Entre outros indicadores presentes na rotina diária de um contador, lucratividade e rentabilidade, sem dúvida, estão entre os mais frequentes. Isso se deve ao fato de que ambos ajudam a determinar qual é a verdadeira saúde das finanças das empresas.
Por se tratar de dois aspectos constantemente confundidos por diversos empresários, é importante que você, contador, saiba explicá-los com bastante propriedade. Para isso, nunca é demais revisar tanto as definições de cada conceito como suas diferenças.
Você confere todos esses detalhes na sequência!
Toda empresa tem uma receita total ao longo de determinado período. Após os abatimentos referentes a custos, despesas e tributos, obtém-se o lucro relativo ao mesmo intervalo. Medida em porcentagem, a lucratividade deriva exatamente dessa relação entre receita e lucro líquido.
Conclusão: a lucratividade aponta para a famosa margem de lucro líquida, ou seja, o valor recebido pela empresa após todos os descontos previstos. Um ponto importante a ser observado ao falar nesse assunto consiste nas subtrações embutidas no preço de serviços ou produtos.
Afinal, toda comercialização desses itens tem uma precificação envolvida, a qual leva em conta os gastos com embalagem, entrega e mão de obra, por exemplo. Se a lucratividade estiver ruim, é importante verificar se o preço de venda é adequado para alcançar a margem de lucro almejada pelos gestores.
De forma similar à lucratividade, a rentabilidade é um índice gerado a partir das deduções que comentamos anteriormente. No entanto, esse indicador está intimamente ligado ao retorno dos investimentos efetuados pela empresa, e não à receita total de sua atividade econômica.
Na prática, o indicador cumpre o papel de informar se o negócio, como se diz popularmente, está “conseguindo se pagar”. Em caso negativo, isso significa que os aportes financeiros direcionados a diferentes partes de sua infraestrutura não estão surtindo o efeito esperado.
Assim como existe a taxa de retorno do investimento inicial, aquele necessário para colocar o negócio em funcionamento, há outros tipos de aplicação financeira ao longo da existência do empreendimento.
Enquanto uma parte delas se destinam tanto a ativos do mercado financeiro, outra é reservada para movimentar projetos específicos. No primeiro caso, os gestores financeiros também estão se habituando a criar fundos emergenciais, a fim de diminuir ou evitar os impactos de tempos de crise.
Contudo, a rentabilidade dos ativos que compõem essas reservas de segurança é proporcional ao risco, que tende a ser muito baixo. Portanto, vale mesmo ficar atento ao cálculo da rentabilidade dos investimentos voltados à multiplicação de capital, característica das aplicações feitas em renda variável.
É provável que, a partir das definições realizadas acima, você já tenha em mente as distinções entre lucratividade e rentabilidade. De qualquer maneira, é importante fixar bem essas diferenças por meio de um breve resumo.
Assim, a lucratividade estabelece um vínculo entre o faturamento do negócio e o lucro. Já a rentabilidade está atrelada ao valor gerado, no decorrer do tempo, pelos aportes financeiros realizados em investimentos.
Além disso, calcular a lucratividade é preponderante para elaborar ou revisar a estratégia de preços usada até então — já considerando, inclusive, a análise da precificação praticada pelos concorrentes.
Do ponto de vista da rentabilidade, o acompanhamento demonstra se existem falhas de investimento inicial, além de revelar a necessidade de correção de rotas.
Ao mesmo tempo, os números revelam se as escolhas dos demais investimentos realmente têm sido vantajosas para a organização. Logo, os números auxiliam na redefinição da composição de ativos de uma carteira, com o intuito de melhorar os resultados conquistados.
Antes da tomada de decisão direcionada a expandir os negócios, por exemplo, é essencial saber se os recursos aplicados estão propiciando o retorno desejado. Caso contrário, é hora de rever o planejamento financeiro com a maior antecedência possível.
Evidentemente, muitas dessas deliberações dependem de uma consultoria contábil e fiscal adequada. Portanto, você tem em mãos uma excelente oportunidade para oferecer serviços de suporte estratégico aos clientes.
No caso da lucratividade, o cálculo é baseado na receita bruta, a partir da qual chegamos à receita líquida e ao lucro líquido. Já a rentabilidade leva em consideração os próprios recursos utilizados em cada investimento concretizado pela empresa. A seguir, mostraremos as particularidades associadas a cada um desses indicadores.
O resultado é obtido a partir da seguinte fórmula:
Lembre-se que o lucro líquido equivale ao valor gerado após a conclusão de todos os abatimentos já comentados anteriormente. Para visualizar como seria o procedimento na prática, vamos a um exemplo prático.
Considere que determinado produto é comercializado a um preço de R$ 2.500. Imagine ainda que a matéria-prima usada para confeccioná-lo ficou em R$ 375 e que o total de tributos a serem descontados é da ordem de R$ 500. Resta somar o gasto com a mão de obra. No nosso exemplo hipotético, vamos levar em conta o valor de R$ 400.
Temos, assim, um lucro líquido unitário corresponde a R$ 1.225. Agora, para que o cálculo faça sentido, é necessário ter em mente algum período. Em um mês, suponha que a empresa registrou a comercialização de 50 unidades. Isso quer dizer que a receita bruta é de R$ 125.000, enquanto o lucro líquido aponta para R$ 61.250.
Ao aplicar a fórmula da lucratividade, obtemos o seguinte índice:
Como adiantamos, você só precisa trocar a receita bruta pelos investimentos. Logo, a fórmula é:
Imagine, agora, que o sucesso de vendas do item anterior foi resultado, em boa parte, da aquisição de uma máquina com funcionalidades específicas. Se esse investimento fosse de R$ 50.000, por exemplo, a rentabilidade seria de:
Simples, não? Compreender as peculiaridades entre lucratividade e rentabilidade é decisivo para que os gestores de negócios encontrem as melhores respostas e, assim, tomem as decisões mais apropriadas em dado contexto. Você, como contador, ganha a chance de contribuir efetivamente para o sucesso do cliente e, consequentemente, ampliar sua reputação profissional no mercado.
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