Neste artigo você vai conferir quais são as tendências e como a área deve se comportar no ano que se aproxima.
Saúde ocupacional é um assunto sério. É ela que trata das condições de saúde dos colaboradores de qualquer empresa, seja qual for seu porte ou segmento para que eles tenham as condições físicas, mentais e emocionais ideais para desempenhar seu trabalho.
Porém, será que a área será afetada pela reforma trabalhista? O que fazer quando os colaboradores não utilizam os equipamentos de segurança recebidos? O que esperar para 2020?
Para tirar todas essas dúvidas, nós conversamos com a Dr.ª Regina Sabatier e o Eng. Ricardo Silva, ambos funcionários do Grupo BMPC, empresa com mais de 25 anos de experiência em saúde ocupacional e segurança do trabalho. Confira o que eles responderam!
Sim. Provavelmente, isso acontecerá em duas diferentes frentes.
A primeira delas diz respeito à simplificação do cumprimento das obrigatoriedades das empresas perante os órgãos responsáveis, além do entendimento daquilo que é exigido e na eliminação de duplicidades ou legislações conflitantes, o que pode prejudicar diretamente a assertividade das estratégias.
Já a segunda está relacionada à maneira que a equipe de SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é constituída, a qual deve ficar dentro das dependências da empresa para proporcionar boas condições de trabalho aos profissionais.
Essa equipe “passará a ser necessária, pois existe a oportunidade de flexibilização e adequação, tanto dos profissionais exigidos quanto da carga horária solicitada”, afirma Ricardo.
Você também vai gostar destes conteúdos ????
???? A importância da segurança da informação no RH
???? PCMSO: cuidados necessários para o controle dos exames médicos
???? Inteligência emocional: 7 hábitos que ajudam a desenvolver suas emoções
O primeiro ponto é a conscientização dos funcionários sobre os impactos à sua saúde e à segurança no trabalho, o que deve ser seguido do acompanhamento real de sua utilização durante o desempenho de suas atividades.
Quando eles são formalmente treinados e informados sobre o uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), assim como da maneira com que isso se relaciona à sua saúde e aos riscos de acidentes trazidos pela falta dos mesmos, os funcionários não podem alegar desconhecimento ou se eximir da responsabilidade.
Empresas que fazem um bom controle de entrega e utilização do EPI, orientam os colaboradores na primeira vez que deixam de utilizá-lo e possuem procedimentos bem estabelecidos para as próximas vezes que forem pegos sem os equipamentos.
Além disso, a sequência de tais procedimentos, como advertências, suspensões e até um possível desligamento do profissional da equipe (em casos em que a situação for recorrente) demonstrará que são adotadas políticas sérias, firmes e inflexíveis para o assunto.
“Ou o funcionário se adapta às regras e procedimentos da empresa ou infelizmente ele não se enquadra na equipe”, conclui Drª Regina.
[rock-convert-pdf id="24420"]
Quando as empresas possuem equipe médica e de enfermagem fixas em seus ambulatórios, a oportunidade pode ser interessante, pois avalia a saúde do funcionário de maneira integral, não apenas em relação ao físico e organizacional, como também no emocional e psicossocial.
Ao saber de todos os aspectos que compõem e interferem na vida do trabalhador, é possível encontrar a melhor conduta para seu acompanhamento ou tratamento, o que muitas vezes pode inserir não apenas o próprio colaborador como também sua família.
Drª Regina e Ricardo são unânimes em dizer que o segmento será desburocratizado, com mais efetividade no cumprimento das ações de prevenção a acidentes e doenças ocupacionais.
Ambos também afirmam que aumentará o investimento em melhorias para redução do quadro existente hoje no país, como alto índice de afastamentos e de acidentes no trabalho.
O Ministério da Previdência Social (MPS) levantou dados a respeito do número de acidentes de trabalho no Brasil, que foram os seguintes nos respectivos anos:
Isso significa que, em um prazo de 7 anos, foram 4,622 milhões de acidentes, que correspondem a uma média de mais de 1.800 acidentes por dia e 75 acidentes por hora, número que chama a atenção, mas felizmente mostra uma queda, em especial a partir de 2015.
Tanto a Draª Regina quanto o Ricardo, dizem que as expectativas citadas corroborarão para ambientes de trabalho mais seguros em todo o Brasil. Isso sem abrir mão da desburocratização tão importante para que até as companhias de menor porte e poder aquisitivo ofereçam condições adequadas para sua equipe e, assim, também ganhem em termos de produtividade, eficiência e rentabilidade a curto, médio e longo prazo.
Espero que tenha gostado do conteúdo sobre saúde ocupacional. Se tiver ficado alguma dúvida, é só deixar aqui nos comentários que iremos responder. Até mais!
Conteúdo produzido por: Leonardo Ponso
Você também vai gostar destes conteúdos
???? Documentos necessários de SST no eSocial
???? 11 dúvidas sobre o SST no eSocial
???? SST para empresas contábeis