O balanço patrimonial reflete a equação fundamental da contabilidade, que é a igualdade entre o ativo, representando todos os bens e direitos da empresa, e o passivo, que compreende suas obrigações e deveres.
Por meio dessa estrutura, o balanço patrimonial fornece uma análise detalhada dos recursos disponíveis, das dívidas e do patrimônio líquido, oferecendo uma visão abrangente que permite a tomada de decisões informadas sobre investimentos, financiamentos e estratégias empresariais.
Essa ferramenta é vital para entender a capacidade de uma empresa de cumprir suas obrigações, sua solvência e sua eficiência na gestão dos recursos financeiros.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue lendo!
O Balanço Patrimonial é uma ferramenta contábil fundamental para avaliar a saúde financeira de uma empresa. Trata-se de um documento que apresenta, de forma estruturada e resumida, a situação econômica e financeira de uma organização em um determinado momento. Ele reflete a equação fundamental da contabilidade: ativos igualam passivos mais patrimônio líquido.
O intuito principal desta peça contábil é prestar informação relevante para os sócios, fomentando a tomada de decisão e para o fisco, munindo o governo de informações para o devido acompanhamento dos contribuintes.
Com o balanço patrimonial também é possível reconhecer as origens e aplicação dos recursos que fazem a operação da empresa acontecer, bem como obter vários índices de acompanhamento financeiro e econômico.
A previsão da obrigatoriedade de escrituração contábil e apuração do Balanço Patrimonial é decorrente de Lei (Código Civil Brasileiro, artigo 1.179 e seguintes e 6.404/76 - Lei das S/A, artigo 176 e seguintes).
A contabilidade deve escriturar toda a movimentação financeira, inclusive bancária, contendo a movimentação das contas: caixa, bancos conta corrente, bancos conta aplicações, numerários em trânsito, entre outras.
O Balanço Patrimonial tem como objetivo principal fornecer uma visão panorâmica e estruturada da situação financeira de uma empresa em um determinado momento. Ele reflete a posição dos ativos, passivos e patrimônio líquido, permitindo a compreensão da estrutura de capital, das obrigações e dos recursos disponíveis. Alguns dos objetivos específicos do Balanço Patrimonial incluem:
Como vimos, esse balanço é um relatório contábil que fornece um panorama da situação financeira da empresa em um determinado momento. Aqui estão algumas das razões pelas quais o balanço patrimonial é importante:
Ao considerar todos esses aspectos, fica claro que o balanço patrimonial desempenha um papel fundamental em diversos aspectos da gestão financeira, fornecendo informações cruciais para a tomada de decisões estratégicas e operacionais.
O balanço patrimonial é elaborado ao final de cada exercício social, que geralmente coincide com o ano-calendário. No Brasil, de acordo com a legislação contábil, as empresas são obrigadas a elaborar o balanço patrimonial ao final de cada exercício social. O exercício social é o período de 12 meses, no máximo, que a empresa escolhe para desenvolver suas atividades e apresentar seus resultados.
O encerramento do exercício social marca o momento em que a empresa fecha seus livros contábeis e elabora as demonstrações financeiras, incluindo o balanço patrimonial. Essas informações são fundamentais para a prestação de contas aos sócios, acionistas, autoridades fiscais e outros stakeholders.
É importante ressaltar que a data de encerramento do exercício social pode variar de empresa para empresa, e cada empresa deve escolher uma data que faça sentido para suas operações. Contudo, é comum que muitas empresas escolham o final do ano como o encerramento do exercício.
Além do balanço patrimonial, as empresas também elaboram outras demonstrações financeiras, como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e as Notas Explicativas, que complementam as informações apresentadas no balanço.
O balanço patrimonial é composto por três partes principais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Aqui está a estrutura básica de um balanço patrimonial:
O balanço patrimonial é elaborado com base nas informações contábeis da empresa e segue uma equação fundamental:
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
O Ativo será exibido aqui.
Aqui estão etapas básicas para calcular o balanço patrimonial:
Lembre-se de que o balanço patrimonial é uma fotografia da situação financeira da empresa em um determinado momento. As informações utilizadas para preparar o balanço são geralmente provenientes dos registros contábeis da empresa, como o livro razão e o livro diário.
Além disso, a elaboração do balanço patrimonial deve seguir as práticas e normas contábeis exigidas. Portanto, é importante que seja feito por um profissional de contabilidade.
Como visto no tópico anterior, o balanço patrimonial é composto por três partes principais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Com base nessas categorias, existem dois tipos básicos de balanço patrimonial: o balanço patrimonial clássico e o balanço patrimonial gerencial.
Ambos os tipos de balanços compartilham a estrutura básica, mas o balanço patrimonial gerencial busca fornecer uma visão mais detalhada e orientada para a gestão interna da empresa. Aqui estão algumas das principais diferenças:
Além disso, vale mencionar que o balanço patrimonial pode ser consolidado, quando uma empresa tem subsidiárias ou controladas, o que envolve a consolidação de seus balanços patrimoniais individuais em um único balanço para a empresa como um todo.
A principal diferença entre balanço patrimonial e DRE está no fato de que o primeiro detalha o quanto de ativos e passivos a empresa possui. Enquanto o segundo, detalha a movimentação de receitas e despesas do período em questão.
Para entendermos com mais detalhes, a seguir estão as algumas diferenças entre eles:
Em resumo, enquanto o balanço patrimonial oferece uma visão estática da situação financeira em um determinado período, a Demonstração do Resultado do Exercício oferece uma visão dinâmica das operações e desempenho. Ambos são cruciais para avaliar a saúde financeira de uma empresa.
Para facilitar o trabalho na hora de realizar o encerramento do balanço, confira alguns passos que você precisará seguir antes de finalmente fazer o cálculo de todo o balanço.
Ao final do exercício, como se deve fazer em todos os meses, é necessário fazer o levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão.
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.
As contas do balancete no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam entretanto, os valores reais do patrimônio naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações. Bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período.
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício.
A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise.
As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc.
As disponibilidades de uma maneira geral são as primeiras contas olhadas com uma maior minucia no momento de encerramento. Qualquer discrepância ou variação muito brusca de um período para outro sinaliza que algo na operação da empresa está fora do padrão.
Isso não quer dizer necessariamente que seja uma coisa ruim, apenas que se não for algo planejado pode deixar a liquidez da empresa comprometida.
Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas contas patrimoniais, como bancos, aplicações financeiras, estoques, empréstimos, contas a pagar e outros direitos e obrigações.
Registrar todas as operações realizadas e conciliar o saldo dos extratos bancários com os registros contábeis, de modo que o saldo contábil represente com fidelidade a realidade patrimonial.
Para ajudar neste processo, a maioria dos sistemas contábeis disponibiliza integrações com extrato bancário e mecanismos que otimizam substancialmente a execução e principalmente a conferência dos lançamentos.
Cheques pré-datados e cheques não compensados devem ser registrados adequadamente. Os cheques pré-datados, por serem uma obrigação a vencer, deverão ser registrados em rubrica específica, no passivo.
Contabilizar os juros devidos pelo regime de competência, fazendo o rateio da taxa pelos dias aplicados até a data do balanço.
No final de cada exercício, as empresas devem inventariar seus estoques de materiais (matérias primas, materiais de embalagem, etc.), produtos acabados e em elaboração, serviços em andamento e mercadorias para revenda.
Tal inventário deve ser escriturado no livro de inventário, sendo que devem ser observadas as prescrições fiscais exigidas (ICMS, IPI e Imposto de Renda).
Efetua-se o ajuste (juros e encargos devidos) dos empréstimos e financiamentos obtidos, conforme previstos nos contratos com as respectivas Instituições Financeiras.
Contabilizar adequadamente, incluindo juros e multas das obrigações tributárias vencidas e vincendas (PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS, Contribuições Previdenciárias), inclusive débitos parcelados (REFIS), separando-os conforme o prazo de vencimento das parcelas (passivo circulante as parcelas vencíveis até 12 meses do balanço e as demais no passivo não circulante).
A folha de pagamento, incluindo pró-labore, deve ser contabilizada em conta de obrigação, caso não tenha sido integralmente paga até o final do Balanço Patrimonial.
Para esse passo, é importante que em cada período o regime de competência seja mantido, ou seja, se todo mês a folha de pagamento é gerada. Porém o pagamento só ocorre de fato até o quinto dia útil do mês subsequente, então as despesas referente a cada verba de folha devem ser contabilizadas como despesa dentro de cada competência e o saldo a pagar deve ser registrado no passivo, sendo zerado por ocasião do pagamento.
Através dos relatórios de Recursos Humanos, faz-se o ajuste para a provisão de férias, bem como os devidos encargos incidentes sobre elas. Entre outros motivos, contabiliza-se o valor devido à participação nos lucros ou resultados dos funcionários e administradores, segundo o regime de competência.
Calcula-se também a provisão de décimo terceiro, seguindo o mesmo conceito já comentado no item 3.6.
Outras provisões como as que são feitas para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com as normas tributárias vigentes, fazendo-se a respectiva contabilização.
Como vimos, o balanço patrimonial é uma exigência contábil muito importante para as empresas. Você já sabia de tudo que foi abordado neste conteúdo? Se você gostou, compartilha nas redes sociais para que mais pessoas também possam ficar por dentro do tema.
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