O storytelling estratégico está mudando a forma como trabalhamos e transferimos as informações nas empresas. Esse recurso, se bem planejado, tem o poder de reter a atenção do público e engajá-los com a narrativa apropriada.
Na semana passada, publiquei um artigo super interessante sobre Storytelling para Gestão de Pessoas como uma ferramenta para engajamento de colaboradores. Nele, detalho melhor como uma boa história pode impactar os setores e os negócios da sua empresa, além de como fazer para aplicá-la.
No artigo de hoje, vou te mostrar os conceitos - comentados no meu último post - agora na prática. Ou seja, quais os melhores métodos e ações que podem te ajudar a levar o storytelling para sua empresa.
Para isso, separei 5 passos essenciais para utilizar o storytelling, além de como aplicar cada um deles na sua empresas. Acompanhe!
Já ouviu falar no termo “o menos é mais”!? Essa é a premissa máxima de um bom storytelling. Ou seja, conte histórias simples, não muito longas e sem muitos devaneios.
O ideal é que cada história seja direta e tenha sua mensagem passada de forma clara. Apresente a simplicidade do que foi vivenciado pelo o outro com vivências cotidianas, por exemplo.
De forma mais prática, escutar o relato do personagem e de como foi sua experiência, vai te ajudar a criar um bom roteiro e contar muito melhor a sua história. Lembre-se: você precisa engajar pessoas. Como? Contando bem uma boa história que possa emocionar de alguma forma.
Falamos até agora em estrutura básica para montar um Storytelling, mas você sabia que existem estruturas mais completas para a contação de histórias, a Jornada do Herói é uma delas.
Fica melhor para você assimilar quando pensarmos nos filmes de super herói ou qualquer outro que tenha como enredo as características que envolvem essas etapas.
Não sei se você gosta ou já assistiu, mas existem filmes muito legais para se observar essa estrutura. O filme "Senhor dos Anéis", "Hércules", "Harry Potter", "Os Vingadores", todos utilizam a mesma trilha de contação de história para envolver e encantar o público.
A Jornada do Herói foi criada por Joseph Campbell, em 1989, no livro "O Herói de Mil Faces". Essa metodologia de contação de história consiste em contar a mesma história, repetidamente em diversas culturas, onde o herói passa por uma sequência de passos e desafios que geram para ele um desenvolvimento, finalizando com a volta para casa com uma recompensa.
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos analisar a história do filme Senhor dos Anéis. Veja:
Você pode pensar: "Legal isso tudo, mas ainda não entendi como isso pode ser aproveitado para a mudança de uma cultura organizacional ou engajamento das pessoas!?".
Se eu disser que tudo tem a ver e que essa jornada foi inspirada nas nossas próprias dificuldades e histórias. A coragem de vencer as dificuldades do nosso cotidiano foi colocada sobre outra ótica com desafios que seriam salvar o mundo.
Porém, a nossa jornada da vida pode ser retratada e abordada de várias maneiras. Por exemplo: a mãe que sai de casa cedinho para ir trabalhar, mas antes tem que acordar de madrugada para arrumar o filho para escola e precisa deixar tudo pronto, assumindo funções difíceis todos os dias. Ou, até mesmo, um pai de família que precisa sustentar toda uma família com salário menor do que o que ele realmente precisa.
Todos são heróis e quantos desses, assim como nós, não poderiam contar sobre sua jornada. Todos eles, em sua jornada, tem uma missão. Nós também temos.
Por isso, vai a dica: contemos histórias factíveis e que se assemelhem com nossos colaboradores. Ou seja, busquemos histórias de personagens de "gente como a gente". Somos todos inspiradores com nossas histórias.
Contar essa história, atrelando a algo que precisamos mudar em nossas empresas, é a receita do êxito para esse recurso.
Existem muitas situações de empresas que deram “um tiro no pé” quando pensaram em usar essa contação de história para clientes, mas com fatos inverídicos. No storytelling, a veracidade das informações é muito mais importante, do que criar fatos para emocionar mais as pessoas.
Você pode criar na edição o ar de fantasia e personagens fictícios, mas precisa deixar isso claro desde o início da história.
O Pixton possibilita que você crie quadrinhos e monte a sua ferramenta, é simples e intuitiva. Use e abuse desse recurso.
Com o Scrible Press, você poderá criar história com imagens e fotos e o mais legal, é gratuito.
O UTellStory é uma plataforma online que permite contar e compartilhar histórias com fotos, vídeos, áudio e animações.
O Meograph é um dos sites mais conhecidos para a criação de histórias próprias e pode compartilhar a sua criação.
O Chogger é outra ferramenta que possibilita a criação de quadrinhos.
Esse recurso vai possibilitar que você crie animações como histórias, iguais dos livros em que, quando você abre as páginas, os objetos "pulam" da folha.
Outro ponto relevante para esse recurso é envolver as pessoas a participarem. Esse é um ponto que mais senti de dificuldade nesse processo.
Conseguir fazer com que as pessoas vençam os medos de se expor e de enfrentar as câmeras, por exemplo, é um desafio diário. É sempre importante respeitar a decisão dos colaboradores, mas trabalhe para envolvê-los e desafiá-los.
Criamos algumas estratégias para ajudar aos colaboradores que participaram conosco de nosso storytelling. Acompanhe minhas dicas. Elas são simples, mas que podem ajudar:
Espero que a partir de agora você comece uma nova história! Se quiser, deixe nos comentários um relato de um storytelling que marcou você, vamos adorar conhecer novas histórias.
Com isso, acredito que esse recurso poderoso pode e deve ser um aliado da área de Gestão de Pessoas para envolver as pessoas. Ele não vai salvar sozinho o mundo, mas pode ser valioso nesse engajamento.