Fluxo de caixa na crise: confira 7 dicas para positivá-lo

Fluxo de caixa na crise: confira 7 dicas para positivá-lo
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Gerenciar as entradas e as saídas de valores de uma empresa é uma responsabilidade básica de qualquer gerente financeiro. Em contextos econômicos desfavoráveis, entretanto, a tarefa tende a se tornar mais desafiadora. Por isso, é fundamental saber como administrar o fluxo de caixa na crise.

De modo geral, tempos difíceis exigem análises e ferramentas de gestão financeira ainda mais precisas, de modo a encontrar um novo equilíbrio entre o controle de gastos e a realização de investimentos. Afinal, o cenário é outro. Logo, é preciso saber como lidar com ele.

Mas como fazer isso na prática? A seguir, nós apresentamos a resposta por meio de 7 dicas para gerir o fluxo de caixa na crise. Conheça, a partir delas, algumas soluções interessantes para superar obstáculos durante cenários adversos!

1. Elabore uma projeção de fluxo de caixa coerente com contexto

Sem dúvida, a primeira etapa consiste na revisão apurada da projeção de fluxo de caixa. Essa medida é determinante para, a partir de uma visão panorâmica, chegar a estimativas de movimentação financeira condizentes com o momento.

Observe que esse processo de reavaliação do volume financeiro que entra e sai do negócio ao longo de dado intervalo ajuda a encarar a realidade vigente. Esse detalhe é importante para que despesas, custos e possíveis oportunidades de investimento estejam nas possibilidades da empresa.

Portanto, se antes de um período turbulento, a expectativa era de conquistar determinado faturamento, é provável que a crise provoque uma queda de x% ao longo do intervalo considerado. Nesse sentido, você deve readequar a utilização do capital disponível.

Com essa informação, você tem as condições necessárias para preservar a saúde financeira empresarial da melhor maneira possível. Haja vista que o procedimento, é claro, deve ser tomado simultaneamente com outras ações, abordadas na sequência.

2. Melhore o ciclo financeiro

Conforme a duração e as características de uma crise, ela pode impactar o faturamento de maneira mais ou menos acentuada. Assim, também é necessário ficar de olho na harmonia do ciclo financeiro da sua empresa.

A manutenção dos pagamentos em dia requer, por exemplo, muita habilidade na hora de renegociar os contratos com seus fornecedores. Em termos práticos, é preciso recalcular os intervalos entre o recebimento do dinheiro dos clientes e o devido repasse para os parceiros de negócio.

Como você pode imaginar, o ciclo financeiro comporta outros agentes e compromissos, como aqueles relacionados aos salários dos colaboradores. A depender da gravidade e profundidade da crise, como a mais recente, desencadeada pela pandemia da Covid-19, não está descartada a redução temporária dos vencimentos.

Em um nível de criticidade acima do esperado, talvez algumas demissões sejam inevitáveis. Contudo, lembre-se que esse é um processo que também prejudica as contas da organização.

O ideal mesmo é tentar buscar soluções menos drásticas, mas que sejam realmente efetivas para o equilíbrio do caixa. Além disso, tenha em mente que qualquer realização de ajustes precisa ser comunicada aos stakeholders (funcionários, fornecedores, investidores etc.) envolvidos com a máxima transparência possível.

3. Evite gastos excessivos

Em consonância e paralelamente às mudanças implantadas até aqui, a destinação dos recursos disponíveis deve ser repensada. Se foi necessário prolongar prazos de pagamentos, nada mais natural do que mapear a operação e identificar eventuais maneiras de reduzir os custos derivados dela.

Ao mesmo tempo, vale a pena monitorar o orçamento mais de perto com relação à viabilidade de dar continuidade aos projetos que estiverem em andamento.

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Em certas circunstâncias, alguns deles (menos prioritários) podem ser suspensos por alguns meses — com uma previsão de retorno, motivada pelo acompanhamento contínuo da situação.

4. Controle a inadimplência e os cancelamentos

Fluxo de caixa na crise

Fases ruins para os negócios são invariavelmente caracterizadas por uma ou mais ondas de cancelamento ou diminuição da quantidade de pedidos. Há ainda o aumento do risco de elevação da taxa de inadimplência.

Ambas as consequências demandam atitudes compatíveis com o grau de urgência que elas exigem. Também é fato que, com o auxílio de soluções tecnológicas, a empresa passa a trabalhar com uma inteligência preditiva.

Em outras palavras, existem métodos e mecanismos que facilitam o acompanhamento e a probabilidade de piora dos índices de inadimplência e cancelamentos. Com um bom sistema de gestão financeira é possível conquistar excelentes resultados.  

Concomitantemente, comece a pensar na possibilidade de montar times especializados em análise e ciência de dados. A união das melhores ferramentas com os profissionais mais talentosos é um dos segredos do sucesso das organizações que driblam períodos tensos ao longo de sua trajetória.

5. Reveja métodos e processos

O ideal mesmo é priorizar os processos essenciais para a conservação da atividade econômica da empresa. Aqui, uma boa tática é rever os estoques.

Talvez seja bom aproveitar a situação para aderir ao método lean (enxuto) de produção, marcado, principalmente, por evitar o desperdício.

Nesse modelo de produção enxuta, não só a produtividade aumenta, como a qualidade dos itens produzidos melhora. Se houver custos altos com operações logísticas, reveja a política de frete, readequando-a para as áreas de cobertura mais distantes da empresa.

6. Conte com um planejamento estratégico

O planejamento estratégico é outro componente indispensável para sobreviver aos abalos pontuais do mercado financeiro. Assim como a projeção de fluxo de caixa, o plano criado no início deixa de ser útil quando está fora de contexto.

Portanto, é vital avaliar os detalhes com calma e, assim, verificar o que pode ser mantido e o que deve ser abandonado — ao menos, por enquanto. Tenha em vista que o curto prazo passa a ser mais relevante, mas sem se esquecer dos períodos de médio e longo prazos.

7. Busque novas oportunidades de vendas

Por fim, outra medida fundamental se refere à busca de novas fontes de receita. Falamos há pouco sobre a necessidade de reavaliar o frete, mas a ampliação da área de abrangência é outro ponto que merece entrar em pauta. 

Isso porque, às vezes, a saída mais promissora é justamente vender para áreas que estão mais longe. Tudo, claro, precisa compensar financeiramente, além de se manter alinhado à estrutura do negócio.

Todo gerente financeiro comprometido com os resultados almejados pela empresa sabe bem como a gestão adequada das finanças é fundamental para atingir os objetivos traçados. Nossas 7 dicas abrem caminho justamente nessa direção.

No mais, repare que a tecnologia facilita bastante a elaboração e análise do fluxo de caixa na crise. Com um sistema de gestão financeira completo, você não só ameniza os gastos de uma fase adversa, como também lucra muito mais.

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