Pela primeira vez, o Brasil vive uma virada simbólica no imaginário profissional da nova geração. Segundo a pesquisa da Hibou Pesquisas e Insights, realizada em 2025, 33% dos brasileiros entre 16 e 34 anos afirmam sonhar em ter o próprio negócio. O número supera, ainda que por pouco, os 32% que ainda priorizam a estabilidade da carteira assinada (CLT).
Esse aparente “empate técnico” revela algo muito mais profundo do que uma simples estatística: a vontade de autonomia está ganhando espaço, mesmo em um cenário que não favorece tanto essa escolha. Jovens brasileiros, mesmo enfrentando instabilidade econômica e poucas garantias, estão se permitindo pensar em caminhos mais independentes.
A tendência, revelada justamente no contexto do Dia do Trabalho, representa uma mudança de mentalidade — e também de prioridades. O emprego formal continua importante, mas já não ocupa, sozinho, o centro do projeto de vida de grande parte da população.
Essa mudança de percepção não surge por acaso. Ele reflete uma nova forma de encarar o trabalho, especialmente entre os mais jovens, que passaram a valorizar autonomia, propósito e liberdade tanto quanto — ou até mais do que — segurança e estabilidade.
É nesse contexto que surge um novo ideal profissional no Brasil:
Durante muito tempo, ter a carteira de trabalho assinada (CLT) foi o maior símbolo de sucesso profissional no Brasil. Representava segurança, estabilidade e um futuro mais previsível. Mas essa lógica vem mudando — e a mudança é mais visível entre os jovens.
De acordo com a pesquisa da Hibou, 33% dos brasileiros entre 16 e 34 anos afirmam preferir empreender, superando, pela primeira vez, o desejo de seguir a trajetória tradicional via CLT. A diferença em relação aos que ainda optam pela estabilidade da carteira assinada (32%) é pequena, mas suficiente para marcar uma virada histórica no imaginário profissional do país.
Esse novo cenário indica que a ideia de autonomia tem ganhado força: ser dono do próprio tempo, tomar decisões com mais liberdade e construir algo com identidade própria são valores que têm pesado cada vez mais na balança das escolhas profissionais. Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, no qual o empreendedorismo ainda encontra muitos obstáculos, o desejo de seguir um caminho independente se mostra mais forte do que nunca.
“A vontade de autonomia está ganhando terreno, mesmo em um cenário que não facilita esse tipo de escolha”, destaca a análise da pesquisa feita pelo the news.
Não se trata apenas de um modismo ou de uma influência das redes sociais — embora a exposição também tenha seu papel. É uma mudança de mentalidade, em que o trabalho é visto menos como obrigação e mais como um meio de realização pessoal e liberdade.
Embora o desejo de empreender esteja em alta, a realidade ainda impõe limites. Segundo a mesma pesquisa da Hibou, apenas 12% da população adulta brasileira de fato possui um negócio próprio. Ou seja, enquanto milhões sonham com a autonomia, a maioria ainda não consegue colocá-la em prática.
Entre os mais jovens, esse número não muda muito. Isso indica que, apesar da mudança no discurso, as condições objetivas para empreender ainda não acompanham o entusiasmo. Os motivos são diversos: falta de capital inicial, medo do fracasso, pouca educação financeira e insegurança frente a um cenário econômico instável.
Outro dado relevante da pesquisa reforça essa contradição: 56% dos jovens que mudaram de carreira o fizeram por necessidade financeira, e não por vontade. Isso mostra que, na prática, as decisões profissionais ainda são moldadas pelo que é possível fazer — e não necessariamente pelo que se deseja fazer.
Esse cenário retrata um dos principais fatores que impulsionam a abertura de negócios no país: o empreendedorismo por necessidade. De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2023, realizado pelo Sebrae em parceria com a Anegepe, 38,6% dos empreendedores brasileiros iniciaram seus negócios por necessidade, como alternativa a desafios estruturais como o desemprego e a falta de oportunidades no mercado formal. Muitos brasileiros veem no empreendedorismo uma saída para garantir renda e sustento, mesmo que não seja a opção ideal ou planejada.
Além disso, a pesquisa GEM 2023 aponta que a taxa de empreendedores iniciais — aqueles que estão se preparando para ter um negócio ou abriram sua empresa em até 3,5 anos — caiu de 23,4% em 2020 para 18,6% em 2023. Essa redução pode estar associada às dificuldades enfrentadas pelos novos empreendedores, especialmente aqueles que iniciam por necessidade, sem planejamento ou recursos adequados.
Apesar dos desafios, é importante destacar que o Brasil possui um grande potencial empreendedor. A mesma pesquisa indica que 48 milhões de brasileiros desejam empreender nos próximos três anos, o que representa uma oportunidade significativa para o desenvolvimento econômico e social do país.
Mesmo diante do crescimento do desejo de empreender, a carteira assinada ainda representa um símbolo importante de estabilidade para muitos brasileiros. Segundo a pesquisa Hibou, 32% dos jovens entre 16 e 35 anos ainda preferem a carreira com vínculo CLT — praticamente empatado com os 33% que desejam abrir o próprio negócio.
Esse dado revela que, embora o ideal da autonomia esteja ganhando força, a segurança oferecida pela CLT continua sendo um fator determinante nas escolhas profissionais. Afinal, o trabalho formal ainda oferece benefícios importantes, como férias remuneradas, 13º salário, previdência, FGTS e menor risco financeiro.
Contudo, esse modelo está sendo reavaliado por muitos jovens, que não enxergam mais a carreira linear e de longo prazo como o único caminho possível. O desejo por flexibilidade, propósito e liberdade tem impulsionado um número crescente de pessoas a buscar alternativas fora do regime tradicional de trabalho.
Além disso, dados do IBGE mostram que o número de trabalhadores formais não acompanha o crescimento da força de trabalho do país. Em 2023, menos de 40% dos brasileiros economicamente ativos estavam com carteira assinada — percentual que vem caindo gradualmente desde 2015.
A combinação entre a dificuldade de acesso a empregos formais e o apelo por mais autonomia explica por que o desejo de empreender vem crescendo, mesmo que lentamente. Para muitos, abrir um negócio próprio já não é apenas uma opção: é a única alternativa viável.
No Brasil, o distanciamento entre formação acadêmica e ocupação profissional tem se tornado cada vez mais evidente — e frustrante. A pesquisa da Hibou revela que apenas 42% dos brasileiros afirmam estar prestes a trabalhar na área em que se formaram. Esse número, que já é baixo, cai drasticamente com o passar do tempo: entre os jovens, 59% ainda acreditam que atuarão na sua área, mas entre os trabalhadores com mais de 55 anos, essa taxa despenca para apenas 24%.
Esse dado revela não só a frustração com o mercado de trabalho, mas também a necessidade crescente de reconversão profissional. Muitos brasileiros têm sido obrigados a mudar de rota, buscando alternativas para gerar renda fora de suas áreas de formação — o que muitas vezes os leva ao empreendedorismo.
Essa desconexão pode ter diversas origens:
Além disso, com o avanço da tecnologia e a ascensão de novas formas de trabalho — como o freelancer, o autônomo digital e o Microempreendedor Individual (MEI) —, as fronteiras entre formação tradicional e atuação prática estão cada vez mais tênues. Nesse cenário, muitos jovens preferem aprender habilidades diretamente aplicáveis ao mercado, mesmo fora do ambiente universitário.
O resultado é uma geração que precisa se adaptar constantemente e que, por vezes, recorre ao empreendedorismo como uma forma de recuperar o controle sobre sua trajetória profissional.
Empreender no Brasil ainda é um caminho desafiador, especialmente para quem está começando com poucos recursos ou por necessidade. No entanto, com o apoio certo, é possível transformar um desejo em um negócio sólido, organizado e sustentável.
É justamente nesse ponto que a Fortes Tecnologia se torna uma aliada estratégica para quem quer tirar o plano do papel. Oferecemos um ecossistema completo de soluções para gestão de pessoas, contábil e financeira, que se adequam a Microempreendedores Individuais (MEIs), autônomos e pequenos negócios em fase inicial.
Entre os benefícios dos sistemas da Fortes Tecnologia para quem está empreendendo:
Além da tecnologia, a Fortes Tecnologia acredita no poder do conhecimento. Por isso, investe constantemente em formação, conteúdo e ferramentas que empoderam o empreendedor — seja ele iniciante ou já estabelecido.
Porque empreender com apoio e estratégia é muito diferente de empreender sozinho.
O Brasil vive um momento de transição silenciosa, mas profunda. Pela primeira vez, o sonho de empreender começa a superar o ideal da carteira assinada, especialmente entre os mais jovens. Ainda que a prática não acompanhe o discurso — com apenas 12% da população adulta tendo um negócio próprio —, a mudança de mentalidade já está em curso.
Em um cenário marcado por incertezas econômicas, frustração profissional e necessidade de reinvenção, o desejo por autonomia, flexibilidade e propósito ganha força. Empreender, hoje, é mais do que abrir um negócio: é uma forma de buscar liberdade e realização.
Mas nenhum empreendedor deve trilhar esse caminho sozinho. Com o apoio certo, é possível transformar boas ideias em negócios vitais — e a Fortes Tecnologia está aqui para isso.
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