Saiba como lidar com o etarismo no mercado de trabalho

Saiba como lidar com o etarismo no mercado de trabalho
4 minutos de leitura

Com o envelhecimento da população brasileira, o etarismo tem sido cada vez mais discutido na sociedade, e impacta de forma direta os resultados das organizações. Para você ter uma ideia, de acordo com levantamento do IBGE, atualmente o Brasil tem mais de 30,2 milhões de idosos, ou seja, pessoas acima de 60 anos. O estudo também mostra que quando considerado as pessoas em fase de envelhecimento, temos 25% de toda a população com mais de 50 anos de idade. Nesse cenário, abrir a discussão dentro das organizações é cada vez mais urgente.

Para ajudar você a entender como lidar com o etarismo no mercado de trabalho, preparamos este artigo. Acompanhe!

O que é etarismo no mercado de trabalho?

O etarismo no mercado de trabalho pode ser entendido como toda forma de preconceito e/ou discriminação, estereótipo e outras simulações que são baseadas na idade do profissional. O etarismo também envolve os profissionais mais jovens, mas devido a fatores culturais, a realidade é que ele afeta de forma mais acentuada a faixa etária acima dos 50 anos.

Isso porque existem fatores culturais na sociedade que direcionam as pessoas a pensarem que, com a idade mais avançada, as pessoas perdem a capacidade de desempenhar suas funções.

No entanto, com o aumento da expectativa de vida, esses conceitos precisam ser revistos, já que a tendência é que, cada vez mais, a população brasileira envelheça. 

Para se ter uma ideia, ainda de acordo com o IBGE, a expectativa de vida atual é de 76 anos. Também se estima que, até 2060, o Brasil tenha mais pessoas idosas do que jovens. Portanto, em meio a essa importante transformação, é preciso pensar nas adaptações culturais, inclusivas e digitais, a fim de que seja possível acompanhar as transformações sociais. Essas adaptações não devem se limitar às empresas privadas, mas também serem aplicadas a instituições governamentais.

Quais são as adversidades deste tipo de preconceito?

O etarismo nas empresas impacta de forma direta na produtividade da empresa. Além disso, também interfere na satisfação dos profissionais, o que impacta na performance das entregas. O Governo Federal, para combater o etarismo em todas as esferas da sociedade, aprovou em 2003 o Estatuto do Idoso.

Com essa legislação, o governo espera que os profissionais mais seniores tenham os seus direitos respeitados, e o capítulo 6 do Estatuto é destinado ao ambiente empresarial. De acordo com a norma, devem ser garantidos os direitos ao exercício de atividades profissionais por profissionais maduros, respeitando as condições psíquicas, físicas e intelectuais dos profissionais. Outro dado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que até 2040, mais de 56% da mão de obra disponível no país será composta por profissionais acima de 45 anos.

4 dicas e ações que o RH pode tomar para lidar com o etarismo nas empresas

Apesar de já existir algum esforço dos RHs das empresas para reduzir as questões ligadas ao etarismo, a verdade é que o problema está muito longe de ser resolvido, pois como adiantamos, passa por questões culturais, que estão arcaicas para os dias de hoje. Diante desse cenário, é preciso estar atento e pensar em soluções para que as questões sejam sanadas, e a empresa possa usufruir do talento das pessoas de todas as idades, o que é fundamental para a diversidade na empresa.

Veja abaixo algumas ações que a empresa pode fazer para combater o etarismo no mercado de trabalho.

Comece pelo recrutamento

Para eliminar o etarismo na sua empresa, o primeiro passo é adequar os processos de recrutamento e seleção, e isso começa logo no anúncio da vaga. Evite termos discriminatórios como “novos graduados”, “heavy users” e “tecnologicamente experientes” na descrição do cargo.

Ao invés disso, prefira reforçar o comprometimento da sua empresa em não discriminar profissionais de idade mais avançada, e lembre-se de não restringir candidatos por raça, orientação sexual, gênero ou qualquer outro atributo ligado ao corpo físico.

Já durante as entrevistas, é preciso se certificar de que as perguntas estão adequadas para o contexto, e também é importante evitar conversas que não sejam necessárias com relação à idade. A melhor conduta é avaliar os candidatos selecionados conforme as suas qualificações e não suposições.

Promova a mentoria

Se a empresa tem dificuldades com relação ao etarismo no mercado de trabalho, o ideal é contar com a ajuda de uma mentoria. Com isso, ficará mais fácil conectar assuntos e fatos relacionados às faixas etárias, o que ajuda a trazer uma valiosa experiência e conhecimento de colaboradores mais velhos. 

Conversas com colaboradores mais sêniores também podem ajudar você a adquirir uma visão mais ampla a respeito do assunto, o que colabora para reduzir a diferença de idade e promover perspectivas mais empáticas, o que também contribui para a construção de uma cultura organizacional que privilegie a diversidade na companhia.

Mantenha políticas claras

Para afastar o etarismo da sua organização, os critérios e valores devem ser reforçados desde o onboarding e treinamento dos novos colaboradores na empresa. Isso irá contribuir para que os profissionais da companhia passem a reconhecer como a discriminação etária se manifesta no local de trabalho. Com essa maior conscientização sobre o tema, eles também podem contribuir com ideias, além de evitar situações pouco confortáveis.

Um ambiente de trabalho para todas as idades

Contar com uma equipe diversa e multigeracional traz diversos diferenciais competitivos para a empresa, como mais inovação e criatividade. Nesse cenário, a melhor forma de fazer a promoção da inclusão etária entre os colaboradores é estabelecendo políticas e normas claras para contratação e recompensa. Para isso, é preciso comunicar continuamente a importância do respeito entre as gerações, e também as consequências negativas da discriminação.

Como vimos ao longo desta leitura, reconhecer que o etarismo no mercado de trabalho é uma realidade e estar aberto para combatê-lo é a melhor forma de construir uma equipe diversa, melhorando a relação entre os públicos de relacionamento da empresa, ao mesmo tempo em que contribui para o seu crescimento.

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