A realização da projeção do fluxo de caixa de uma companhia não é uma tarefa que deva ser deixada de lado. Muitos negócios naufragam por conta disso, dada sua importância. Nesse sentido, convém aprender o modo correto de fazer para não incorrer em erros de principiante.
Este artigo aborda essa questão com mais profundidade. Ao ler o texto, você entenderá o que é um fluxo de caixa e o significado de sua projeção. Além disso, você aprenderá os passos básicos para fazer uma projeção bem feita, sem deixar arestas para serem aparadas.
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Para começar, o que é um fluxo de caixa?
O fluxo de caixa é a ferramenta de gestão financeira mais eficiente para obter uma visão geral das finanças de um negócio. Certamente, esse conceito é insubstituível, dada a importância do instrumento. Ele é capaz de fornecer a capacidade de controlar e acompanhar todas as movimentações de recursos da empresa, sempre em um dado espaço de tempo.
São essas características que trazem toda a assertividade que um fluxo de caixa pode entregar. Ao delimitar o período (mensal, por exemplo) e esquadrinhar todas as entradas e saídas financeiras, é possível traçar um panorama da organização e tomar decisões. Ser embasado por esses dados torna o processo decisório muito mais eficaz, pois a orientação será dada pelo próprio desempenho da companhia.
E o que significa a projeção do fluxo de caixa?
Conforme o próprio termo remete, projetar quer dizer tentar visualizar um cenário que está no futuro e que obviamente ainda não se realizou. Isso quer dizer que a projeção do fluxo de caixa tenta trazer alguma previsibilidade financeira para a empresa, por meio das estimativas de entrada e saída de recursos do caixa. Ele considera o capital que pode entrar na empresa e aquele que já tem previsão de saída.
Aqui vale ressaltar que os prazos considerados em uma projeção de fluxo de caixa, geralmente, são um pouco mais longos. Períodos trimestrais e semestrais são bem comuns nesse exercício, assim como o período anual.
Em termos práticos, a projeção do fluxo de caixa torna-se um procedimento indispensável à gestão do empreendimento. A razão disso é a própria natureza empresarial. De um lado, tem-se as compras feitas à prazo pelo mercado consumidor, com seu expoente máximo sendo representado pelas transações via cartão de crédito. Adicionalmente, pode haver crediário próprio ou outro tipo de parcelamento.
Já olhando para os gastos da empresa, existem aquelas contas de consumo de pagamento mais imediato, mas há também compromissos para serem honrados no futuro. Eles estão relacionados, principalmente, à relação com os fornecedores. A depender dos insumos passíveis de aquisição, o parcelamento pode ser longo, e tudo isso precisa ser considerado na projeção do fluxo de caixa da companhia.
Como a projeção do fluxo de caixa deve ser feita?
Para fazer uma projeção de modo correto, pelo menos quatro etapas principais devem ser realizadas. Acompanhe, a seguir, a explicação de cada uma delas.
Defina o período
Para que uma projeção de fluxo de caixa atinja o objetivo esperado, é preciso, antes de tudo, saber qual será o período abrangido. É necessário definir quanto tempo à frente a projeção deverá cobrirr e isso deve ser feito pensando no propósito que se deseja alcançar com a implementação do método.
Se a intenção for fazer ajustes em relação ao faturamento líquido semanal, é lógico que o período observado precisa ser o semanal. Ou ainda, um conjunto de quatro semanas que perfazem um mês completo. Da mesma forma, para analisar o ano que passou e projetar o próximo, os períodos anuais serão aqueles considerados.
Faça um levantamento dos recebimentos e pagamentos anteriores
Pode parecer óbvia demais essa afirmação, mas ela é muito pertinente. Ainda que manter o próprio fluxo de caixa signifique ter essas informações disponíveis, é muito comum que isso não seja feito. Dessa forma, não é possível realizar a projeção do fluxo de caixa. Por isso, mãos à obra e reúna todas as informações referentes à movimentação de recursos do passado.
A razão disso é que uma projeção precisa basear-se nos dados reais da empresa. Não se trata de um trabalho de adivinhação, Por isso, os recibos de pagamentos passados, bem como extratos bancários, precisam vir à tona e ser descritos com a maior fidelidade possível.
Preveja os recebimentos futuros
Esse é outro pilar básico de uma projeção bem feita. Todos os recebimentos futuros devem ser listados. Mas tenha atenção, pois o que mais interessa é reunir os pagamentos contemplados no tempo em que se deseja fazer determinada análise.
Devido às diversas maneiras disponíveis para parcelamento, o trabalho de prever os recebimentos precisa ser um pouco mais minucioso. Em contrapartida, essa atividade formará uma base sólida para que a empresa consiga determinar o período exato decorrente entre as vendas e o recebimento de fato. Com o tempo, a projeção se torna ainda mais eficiente pelo refinamento de todo o processo.
Descreva a data dos pagamentos a serem feitos
Por fim, é preciso fazer um levantamento das datas de todos os pagamentos que a empresa precisará honrar futuramente, ou, pelo menos, todos aqueles no período selecionado. Pode-se aproveitar a atividade para fazer uma estimativa de quais são os prazos médios que a empresa precisa cumprir, como o pagamento de insumos a fornecedores, por exemplo.
Nesse sentido, ao menos, dois grandes grupos de contas precisam ser claramente identificados. O primeiro deles é o conjunto dos gastos fixos, representados, principalmente, pelas contas de consumo, aluguel e folha de pagamento. Do outro lado, tem-se os gastos variáveis. Ambos são de grande importância e precisam ser previstos na projeção do fluxo de caixa.
Fazer a projeção do fluxo de caixa de uma companhia não é uma atividade opcional, mas obrigatória, pelo menos, para aquelas organizações que encaram com seriedade sua administração. Somente assim se pode ter uma previsibilidade com razoável grau de discernimento. Isso ajudará o negócio a ter um rumo melhor. Apenas atente para alguns cuidados no momento da elaboração, como considerar os períodos de sazonalidade e adotar tecnologia como apoio aos processos.
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