O que é quiet firing e como funciona?

O que é quiet firing e como funciona?
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Nos dias de hoje, é comum encontrarmos diversas nomenclaturas para situações corriqueiras no ambiente corporativo. Uma dessas nomenclaturas é o “quiet firing”, que pode ser traduzido como demissão silenciosa ou demissão discreta.

Trata-se de uma forma de desligamento que vem sendo utilizada por algumas empresas e que tem gerado polêmica entre especialistas e profissionais de Recursos Humanos.

Neste artigo, vamos explicar o que é o quiet firing, como ele surgiu, como funciona e quais são as suas características mais marcantes. Também vamos abordar os tipos de quiet firing, os principais motivos que levam a essa prática e o que os profissionais de RH precisam saber sobre o assunto. Acompanhe!

O que é o quiet firing?

Este é um tipo de demissão em que a empresa opta por desligar um funcionário sem usar os meios tradicionais de comunicação, como uma conversa formal ou uma carta de demissão. Essa prática geralmente ocorre quando a empresa deseja evitar possíveis ações judiciais ou desgastes na imagem da empresa.

Como é feito o quiet firing?

Geralmente é feito de forma discreta, sem causar muito alarde. A empresa pode simplesmente deixar de atribuir tarefas ao funcionário, passar a ignorá-lo em reuniões ou começar a dar feedbacks negativos sem justificativa aparente. Com o tempo, o funcionário pode se sentir pressionado e decide pedir demissão.

Características do quiet firing

O quiet firing tem como principal característica a discrição. A empresa procura desligar o funcionário sem causar alarde ou gerar desgastes. Outra característica é que, muitas vezes, o funcionário não percebe que está sendo demitido. Isso pode acontecer quando a empresa decide simplesmente não renovar o contrato de trabalho ou deixar de promover o funcionário.

Como surgiu o quiet firing?

Não há uma data ou um evento específico que tenha dado origem ao quiet firing. No entanto, a prática começou a ser mais utilizada na década de 1990, quando as empresas passaram a se preocupar mais com a imagem e a reputação no mercado. A ideia era evitar possíveis processos judiciais ou reações negativas da sociedade.

A relação com a crise econômica

Outro fator que contribuiu para a popularização do quiet firing foi a crise econômica de 2008. Com a recessão, muitas empresas precisaram reduzir custos e demitir funcionários. O quiet firing foi uma das formas encontradas para reduzir a folha de pagamento sem gerar desgastes ou processos trabalhistas.

Como o quiet firing é visto pelos especialistas?

O quiet firing é visto com maus olhos por alguns especialistas em RH. Eles argumentam que a prática é desumana e pode afetar a saúde mental do funcionário demitido, que pode se sentir traído e abandonado pela empresa. Além disso, o quiet firing pode afetar a cultura da empresa e a moral dos demais colaboradores, que podem se sentir inseguros quanto à sua própria posição na empresa.

Tipos de quiet firing

Non-renewal é um tipo de quiet firing em que a empresa simplesmente decide não renovar o contrato de trabalho do funcionário. Isso pode acontecer quando o contrato chega ao fim ou quando a empresa decide não renovar por qualquer outro motivo.

Construção de casos

A construção de casos é um tipo de quiet firing em que a empresa passa a juntar evidências contra o funcionário, com o objetivo de justificar uma eventual demissão. Esse tipo de prática é bastante polêmico, pois muitas vezes as evidências são manipuladas ou fabricadas para justificar a demissão.

Pressão psicológica

A pressão psicológica acontece quando a empresa passa a ignorar o funcionário, deixando-o sem tarefas ou feedbacks positivos. Com o tempo, o funcionário pode se sentir pressionado e decide pedir demissão.

Motivos que levam ao quiet firing

Um dos principais motivos que levam ao quiet firing é o desempenho insuficiente do funcionário. Nesse caso, a empresa pode optar por desligar o funcionário sem gerar desgastes ou processos trabalhistas. É importante ressaltar, no entanto, que a empresa deve ter políticas claras de avaliação de desempenho e oferecer feedbacks construtivos para que o funcionário possa melhorar.

Redução de custos

Outro motivo que pode levar ao quiet firing é a redução de custos. Com a crise econômica ou com a necessidade de aumentar a lucratividade, a empresa pode decidir reduzir a folha de pagamento e desligar funcionários. Nesse caso, a prática do quiet firing pode ser uma forma de reduzir custos sem gerar desgastes ou processos trabalhistas.

Incompatibilidade com a cultura da empresa

Por fim, a incompatibilidade com a cultura da empresa pode ser outro motivo para o quiet firing. Se o funcionário não se adapta ao ambiente de trabalho ou não compartilha dos valores da empresa, pode ser melhor para ambas as partes optar pela demissão silenciosa.

O que os profissionais de RH precisam saber sobre o quiet firing?

Os profissionais de RH precisam ter políticas claras de avaliação de desempenho e oferecer feedbacks construtivos para que o funcionário possa melhorar. Isso pode evitar a necessidade de recorrer ao quiet firing e garantir que a empresa mantenha um quadro de funcionários motivados e produtivos.

Políticas de demissão

Além disso, é importante que a empresa tenha políticas claras de demissão e que essas políticas sejam seguidas de forma consistente. As demissões devem ser justificadas e os funcionários devem receber feedbacks claros sobre os motivos da demissão, mesmo que seja uma demissão silenciosa.

Diálogo aberto com os funcionários

Por fim, os profissionais de RH precisam manter um diálogo aberto com os empregados e estar atentos a sinais de insatisfação ou desmotivação. Isso pode ajudar a identificar problemas antes que eles se tornem irreversíveis e evitar a necessidade de recorrer ao quiet firing.

O quiet firing é uma prática cada vez mais comum nas empresas, mas que pode gerar consequências negativas tanto para a empresa quanto para os funcionários envolvidos.

É importante que as empresas adotem políticas claras de avaliação de desempenho e de demissão e que os profissionais de RH mantenham um diálogo aberto com os colaboradores para evitar a necessidade de recorrer ao quiet firing.

Ao adotar essas práticas, a empresa pode manter um quadro de funcionários motivados e produtivos e evitar problemas trabalhistas ou de imagem.

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