Descubra a diferença entre a contabilidade gerencial e financeira!

Saber distinguir a contabilidade gerencial da contabilidade financeira, é essencial para os escritórios contábeis oferecem serviços estratégicos de acordo com a necessidade cada cliente.

Descubra a diferença entre a contabilidade gerencial e financeira!
4 minutos de leitura

Somente quem encara o desafio de administrar uma empresa sabe bem a dimensão da complexidade relacionada à contabilidade. Não à toa, os melhores gestores do mercado tomam a sábia decisão de recorrer ao suporte de profissionais especializados. Para que o seu escritório contábil seja o escolhido, entretanto, você precisa exibir alguns diferenciais importantes, como saber distinguir a contabilidade gerencial e financeira.

Conhecer essas diferenças e, mais do que isso, explicá-las a seus clientes em potencial com toda a propriedade necessária é fundamental para gerar credibilidade ao seu negócio. Afinal, isso ajuda a agregar valor aos serviços prestados, que passam a ser vistos com outros olhos.

Pensando nisso, hoje vamos abordar as peculiaridades mais relevantes sobre a contabilidade gerencial e financeira. Acompanhe!

Qual é a finalidade da contabilidade financeira? 

De longe, uma das mais conhecidas, essa modalidade contábil visa a fornecer dados gerados pela contabilidade da organização em questão para agentes externos.

Observe que, quando falamos em agentes externos, não estamos nos limitando aos mais frequentes, como entidades governamentais e instituições financeiras.

Na verdade, os mesmos dados são de grande relevância para stakeholders estratégicos para o sucesso da organização em si. Nessa linha de raciocínio, a contabilidade financeira interessa — e muito — a fornecedores, investidores e acionistas.

Como você já deve saber, tais elementos só adquirem, de fato, importância a partir do momento em que são convertidos em informações úteis. O conceito de “útil”, aqui, varia de acordo com os objetivos de cada agente.

No caso do Fisco, por exemplo, a utilização consiste basicamente na procura por eventuais desvios de conduta das normas brasileiras de contabilidade. Para tanto, os operadores ficam atentos a quaisquer inconsistências de dados.

Em outra ponta, futuros investidores se valem da mesma contabilidade para respaldar aportes financeiros em dada empresa. Os dados são decisivos tanto para convencê-los de que o investimento sinaliza uma ótima oportunidade de negócio, como também para indicar pontos de atenção. 

Independentemente das partes envolvidas no processo, é importante que se diga que os relatórios emitidos em si obedecem à mesma padronização. Para cumprir o propósito esperado, eles costumam basear-se em três itens:

  • DRE (Demonstração do Resultado do Exercício);
  • BP (Balanço Patrimonial);
  • DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa).

Tudo é devidamente regulamentado por normas específicas, a fim de que haja máxima transparência e veracidade dos itens fornecidos para possíveis análises.

Qual é a finalidade da contabilidade gerencial?

No meio contábil, esse tipo também é conhecido como contabilidade de gestão. Diferentemente da financeira, a contabilidade gerencial está totalmente atrelada às alas internas da organização. Logo, os dados gerados servem de base para as ações tomadas por seus colaboradores — sejam sócios, sejam gestores contratados pela empresa.

Vale notar que, por essa característica, a contabilidade gerencial exerce papel indispensável na elaboração e revisão das estratégias adotadas pelos líderes do negócio. Nisso, está inserida a própria concepção do planejamento estratégico, bem como:

  • precificação de produtos ou serviços;
  • criação de nova política de gastos;
  • adiamento ou aval para aquisição de novos equipamentos;
  • equilíbrio entre contas a pagar e a receber.

Quais são as diferenças entre contabilidade gerencial e financeira?

Além de atender a fins específicos, as contabilidades financeira e gerencial ainda exibem outras particularidades. Ambas partem dos mesmos dados contábeis, mas estão amparadas em certos aspectos que merecem ser destacados.

Obrigatoriedade

Um dos pontos de disparidade refere-se à obrigatoriedade imposta à prática da contabilidade financeira, mas inexiste quanto à gerencial. Como se sabe, os dados contábeis inerentes às atividades desempenhadas por qualquer empresa exigem publicação e auditoria. 

A contabilidade gerencial, por sua vez, consiste apenas na reunião de boas práticas de gestão contábil, geralmente realizadas por organizações comprometidas com o aprimoramento de seus processos. Embora isso seja recomendável, não é obrigatório.

Fatores legais

Em consonância com o item anterior, a contabilidade financeira também abrange o cumprimento das normas legais vigentes. Por estar circunscrita ao aprimoramento da gestão interna da empresa, a contabilidade gerencial não depende dessas mesmas regras.

Na prática, isso significa que os administradores do negócio não precisam seguir direcionamentos contábeis predefinidos na hora de tomar decisões. Afinal, eles já prestam contas via publicação dos respectivos relatórios.

Periodicidade

De forma coerente com o tópico comentado anteriormente, a contabilidade gerencial também não é obrigada a seguir qualquer tipo de regularidade quanto à exibição de relatórios contábeis. Assim, a periodicidade anual de publicação da DRE, do DFC e do BP passa a ficar a cargo dos gestores. 

De todo o modo, a maioria deles opta por manter um controle mensal dos relatórios a serem considerados pela organização. Trata-se de uma maneira de descobrir ocasionais sinais de alterações futuras, principalmente aquelas que afetem, de alguma forma, os planos da empresa.

Enfoque temporal

Existe também uma distinção relevante sob o ponto de vista da época dos dados lançados. De um lado, a contabilidade gerencial efetua projeções de acordo com o histórico avaliado. Do outro, a contabilidade financeira trata apenas das movimentações contábeis vinculadas a cada período.

Por sinal, esse é um detalhe que fornece uma visão mais nítida quanto à função essencial da contabilidade gerencial. Isso porque ela está diretamente ligada ao projeto de desenvolvimento da empresa e, consequentemente, ao processo de tomada de decisão.

Vale ainda salientar não haver um consenso quanto a essa divisão entre as contabilidades gerencial e financeira. Para alguns contadores, inclusive, trata-se de uma separação um tanto quanto arbitrária. De fato, ela é.

Porém, a distinção ajuda a enxergar com mais clareza que a contabilidade, de modo geral, vai muito além de proporcionar números voltados aos processos de fiscalização ou regulação externa.

Além disso, essa é uma forma de organizar melhor os serviços prestados pelo seu escritório contábil. Ao tomar ciência das especificidades da contabilidade gerencial e financeira, o cliente passa a enxergar a necessidade de contar com uma consultoria contábil.

Muitas vezes, ter um contador apto a orientá-lo é o que falta para aprimorar o planejamento financeiro e, enfim, promover o crescimento contínuo do negócio. Toda essa parceria promissora se inicia com o pleno domínio das finalidades associadas à contabilidade gerencial e financeira.

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