Uma estratégia eficaz para manter o equilíbrio financeiro de uma empresa é a aplicação dos indicadores de liquidez. Essas são métricas que analisam a capacidade dos ativos serem transformados em dinheiro sem perder o seu valor.
A tática permite que a companhia tenha uma melhor administração das finanças do empreendimento e garanta a sua sobrevivência perante uma crise econômica generalizada ou um mercado competitivo. Continue lendo este artigo onde trazemos todo o conteúdo relevante sobre o tema!
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A importância de acompanhar os indicadores de liquidez
Esses índices permitem que os gestores avaliem a capacidade de avaliar as obrigações financeiras, trazendo uma administração econômica mais concreta e segura.
Na prática, eles funcionam como um instrumento de análise de crédito e da capacidade financeira do empreendimento considerando dados do balanço patrimonial (BP), que incluem o ativo, o passivo e o patrimônio líquido.
Assim, os resultados obtidos com os indicadores de liquidez são úteis para estudar eventuais melhorias nas finanças, estabelecer metas mais assertivas e tomar decisões mais vantajosas para o negócio acerca de seu controle financeiro. Por essa razão, deixar de aplicá-los implica que os gestores estão assumindo os riscos que a empresa corre com a falta de uma gestão.
Os 4 principais indicadores de liquidez
Existem quatro tipos de indicadores: a imediata, corrente, seca e geral. A primeira está ligada às obrigações de curtíssimo prazo, a seca e a corrente aos pagamentos a curto prazo, já a liquidez geral está interligada às obrigações de prazos mais longos.
Antes de tirar conclusões sobre os resultados, primeiramente é preciso entender que há três formas possíveis de calcular os indicadores, cada um deles representa o grau de liquidez dos ativos da organização. Confira quais são os resultados:
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menor que 1: não há como quitar seus compromissos no momento;
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igual que 1: recursos são equivalentes ao valor dos pagamentos;
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maior que 1: a empresa tem um bom grau de liquidez.
Caso os valores sejam muito superiores a 1, isso demonstra que a companhia tem um elevado grau de liquidez para aquele período. Mas se eles forem inferiores a 1, o gestor deve rever seu planejamento para quitar seus compromissos futuros.
Por isso é fundamental aplicar os 4 indicadores e avaliar a situação financeira para tomar decisões mais benéficas. Entenda como funcionam e como são calculados cada uma das métricas a seguir.
1. Corrente
Também chamado de liquidez comum, tem a função de medir a capacidade do cumprimento das obrigações a curto prazo, ou seja, dentro dos próximos 12 meses. Esse indicador representa a saúde do caixa, já que diz respeito à maioria dos pagamentos.
Seu cálculo envolve os ativos circulantes, que são os de curto prazo (menos de um ano) como também o passivo circulante (certos impostos, fornecedores, empréstimos até 1 ano, entre outros pagamentos afins).
Para obter esses dados com precisão, é necessário que o BP da organização seja realizado com mais frequência. A fórmula a ser aplicada é a seguinte:
Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante
Por exemplo, imagine uma empresa que contabilizou que receberá o valor de R$ 500 mil dentro de 12 meses, mas deve quitar dívidas que totalizam R$ 450 mil. Ao colocar os valores na fórmula, a liquidez corrente será de 1,1. Isso significa que ele tem capacidade de liquidar as dívidas dentro de um curto prazo.
É pertinente que o valor do cálculo resulte em 1 ou mais, pois isso indica que o gestor está preparado para pagar a maioria de seus compromissos.
2. Seca
A liquidez seca é similar à corrente, já que também diz respeito às obrigações a curto prazo, a diferença está no fato de que o estoque da empresa não é computado no ativo circulante. Essa lógica advém do fato do estoque representar um ativo que não é diretamente relacionado ao patrimônio.
Esse indicador informará aos gestores o valor real da liquidez do ativo circulante, independente se um bem do estoque tenha sido utilizado ou vendido. Por essa razão, o valor da liquidez seca sempre fica inferior ou igual ao da corrente.
Sua fórmula é bastante semelhante à anterior, mas aqui é retirado o estoque do ativo circulante. Confira-a:
Liquidez seca = (ativo circulante – estoque) / passivo circulante.
Veja a sua aplicação no mesmo exemplo do tópico anterior: a empresa receberá R$ 500 mil, porém deve pagar R$ 450 mil, ambos dentro de 12 meses. Se o valor de estoque for de R$ 100 mil, o resultado será de 0,88 (500 mil – 100 mil / 450 mil).
Percebe-se que houve uma queda grande do índice, por isso sua aplicação é importante para que o gestor quais medidas tomar para ser capaz de cumprir as obrigações dentro de seus respectivos prazos.
3. Imediata
O indicador da liquidez imediata é considerado de uma natureza conservadora, ele indica os montantes que podem ser imediatamente transformados em dinheiro para a empresa como o caixa, conta corrente, investimentos a curto prazo etc.
Como ele diz respeito aos prazos curtíssimos (em até 90 dias), seu elevado grau de liquidez demonstra que a empresa está preparada para lidar com incertezas do mercado e emergências financeiras. Diante de sua finalidade, seu cálculo inclui apenas valores disponíveis, desconsidera fatores como estoque e contas a receber. A fórmula a ser aplicada é:
Liquidez imediata = disponível / passivo circulante.
Por exemplo, a empresa tem R$ 100 mil disponíveis e R$ 150 mil de passivo circulante, o resultado será 0,66, o que significa que a empresa passará por dificuldades posteriores se precisar arcar com emergências excessivamente custosas.
4. Geral
Esse indicador está ligado aos compromissos de médio e longo prazo, ou seja, são as que o ativo e passivo cujos prazos superam 1 ano. Como se tratam de obrigações distantes, o índice geral não é muito corriqueiro nas empresas.
Mas com a aplicação contínua desse indicador o gestor poderá definir se nos exercícios passados a empresa esteve diminuindo ou aumentando sua liquidez, permitindo que ele trace planos para financiamentos de futuros projetos.
Sua conta envolve tanto o ativo quanto o passivo circulante, mas também inclui o realizável a longo prazo e passivo não circulante (obrigações com prazo superior a um ano). Sua fórmula é a seguinte:
Liquidez geral = (ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo não circulante)
Se o índice for abaixo de 1 a empresa não terá condições que pagar suas obrigações futuras, ele mostra a realidade da empresa aos gestores que acreditam que o negócio vai bem, porém acabam enfrentando árduos problemas futuros.
O acompanhamento financeiro para sobreviver no mercado
Com os resultados dos indicadores de liquidez o gestor conseguirá estudar e verificar a situação financeira da empresa a curtíssimo, curto, médio e longo prazo, tanto em períodos passados quanto futuros.
Assim ele poderá elaborar planejamentos e tomar as decisões corretas para garantir a sobrevivência da empresa durante os anos futuros, pois as métricas analisam a capacidade de arcar com pagamentos perante diferentes cenários que ela pode se deparar.
Com esta leitura, percebe-se que a aplicação dos indicadores de liquidez é uma estratégia excepcionalmente importante para que os gestores tomem as decisões corretas e que garantam o sucesso da empresa.
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