A gestão financeira de uma organização é vital para a continuidade de seus negócios. Torna-se ainda mais essencial possuir um bom gerenciamento de caixa na pandemia. As variáveis de capital de giro e fluxo de caixa futuro devem ser muito bem conhecidas para que possa reconhecer a situação presente e projetar a situação futura da empresa.
Neste artigo, você vai ter acesso a dicas para realizar uma exímia gestão financeira de um negócio. Em tempos de crise aguda, as soluções costumam ser diferentes dos “tempos de paz”. Prossiga com a leitura, para conhecer as melhores formas de agir frente à situação apresentada. Ao finalizar, você estará apto a tomar as melhores decisões para um empreendimento. Confira!
Qual é a importância do controle financeiro em um gerenciamento de caixa na pandemia?
Conhecer as demandas financeiras de um negócio é parte essencial de sua gestão. Deixar de acompanhar essas variáveis é como navegar sem uma bússola. É simplesmente impossível saber a localização atual, de onde veio, ou mesmo para aonde vai.
Nesse sentido, as duas variáveis mais importantes a conhecer e monitorar são o capital de giro e o fluxo de caixa. O primeiro permite visualizar a situação financeira hoje. Pode-se ter uma clara ideia de como está a situação de recursos no presente.
Já o fluxo de caixa possibilita conhecer a situação futura da empresa. Isso pode ser conseguido ao realizar uma projeção de quinze ou trinta dias. Dessa forma, pode-se ter uma ação prévia a algum problema previsto no futuro próximo.
Caso uma situação de falta de recursos futuros seja identificada, por exemplo, ações no presente, como desconto nas vendas imediatas ou antecipação dos recebíveis, podem ser elencadas para solver o problema.
Quais são as dicas para ter um bom gerenciamento de caixa na pandemia?
Como os tempos de crise são bem diferentes dos normais, as ações necessárias para o bom andamento de um negócio também não são as mesmas. Acompanhe o que pode ser feito em relação à gestão financeira de um negócio.
1. Faça projeções e planeje-se
A crise causada pelo coronavírus afetou os negócios de diferentes formas. Alguns ramos até apresentaram crescimento durante a pandemia. Portanto, não há como seguir uma receita pré-fabricada. Cada empresa deve ter seu estudo feito individualmente.
Nesse sentido, o ideal é analisar a atual situação do fluxo de caixa e planejar-se a partir do resultado encontrado. De acordo com os dados apresentados, deve-se fazer projeções considerando os três cenários possíveis: o otimista, o pessimista e o realista. É como prega o provérbio oriental: espere o melhor, prepare-se para o pior, receba o que vier.
2. Realize corte de gastos e redução de custos
A diferença entre gastos e custos é que o primeiro pode ser totalmente cortado enquanto o segundo, apenas ser reduzido. Assim, em tempos de crise severa, deve-se fazer um estudo profundo do que é realmente necessário e cortar aquilo que não impacta no funcionamento do negócio.
Em relação à redução de custos, a recomendação é atentar para os fixos, que compõem grande parte do fluxo de caixa. Provavelmente, os custos variáveis já foram baixados pela eventual redução no fluxo de caixa e pelos auxílios governamentais, como postergação de pagamento de tributos.
3. Ofereça condições de negociação flexíveis para clientes inadimplentes
Em períodos de crise, é comum que alguns clientes cancelem compras ou atrasem contratos, seja por falta de dinheiro, seja por proteção. A situação pode tornar-se preocupante se esse número for muito alto.
Para que o negócio não vá à falência pela falta de entrada de recursos, é aceitável aproximar-se ainda mais da clientela inadimplente e renegociar os débitos em atraso. Ceder de acordo com a capacidade financeira atual do cliente pode ser uma medida inteligente. Atente para a formalização do novo compromisso firmado e busque não cobrar juros altos, pois o período é delicado.
4. Aplique e análise indicadores de gerenciamento de caixa na pandemia
A ação de acompanhar o desempenho da empresa por meio de indicadores já é sugerida em períodos de calmaria. Em tempos de crise, torna-se absolutamente vital. Caso a empresa ainda não possua indicadores de acompanhamento (o que é desaconselhável), implante-os o mais rápido possível. Tente retroagir pelo menos doze meses para ter alguma referência.
Indicadores como fluxo de caixa futuro são muito bem-vindos em momentos de crise. Eles permite ter uma projeção sobre a entrada e saída de dinheiro da empresa, mesmo em um cenário desfavorável. Pode ser interessante, também, lançar algum indicador sobre as vendas e a margem de contribuição.
5. Procure linhas de crédito especiais para gerenciamento de caixa na pandemia
No caso de insustentabilidade de um fluxo de caixa saudável, uma opção viável pode ser a busca por financiamento junto às instituições financeiras. Várias linhas de crédito especiais foram lançadas no período de crise do coronavírus.
As condições dessas linhas são bastante favoráveis, pois visam exatamente à ajuda ao empreendedor. Juros baixos e prazos de carência e início de pagamento estendidos estão ao alcance das empresas. Estude bem as opções disponíveis e contrate alguma, caso fique constatada a necessidade de complementação financeira do caixa da organização.
6. Acompanhe as ações e incentivos governamentais de auxílio
As empresas brasileiras não foram relegadas à própria sorte durante a crise causada pelo coronavírus. O Governo Federal editou duas medidas provisórias com uma série de ações para ajudar as organizações e conter a escalada do desemprego por conta do fechamento de empresas.
Soluções como postergação de recolhimento de impostos e obrigações trabalhistas, suspensão temporária de contratos de trabalho, redução de jornadas com respectiva redução de salários (sendo complementados pelo próprio Governo) e antecipação de férias foram algumas das medidas para prover auxílio para empresas. Aproveite ao máximo possível todos os incentivos.
O gerenciamento de caixa na pandemia é ainda mais importante do que em tempos de relativa normalidade. Para que haja a sobrevivência do negócio, é absolutamente necessário o conhecimento da situação de entradas e saídas de recurso na organização. Ou seja, a sustentabilidade da empresa depende diretamente disso. Por meio do conhecimento do capital de giro e do fluxo de caixa, pode-se saber a situação presente e futura do empreendimento.
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