Storytelling estratégico: 6 dicas essenciais para aplicar nas empresas

Storytelling estratégico: 6 dicas essenciais para aplicar nas empresas
5 minutos de leitura

O storytelling estratégico está mudando a forma como trabalhamos e transferimos as informações nas empresas. Esse recurso, se bem planejado, tem o poder de reter a atenção do público e engajá-los com a narrativa apropriada.

Na semana passada, publiquei um artigo super interessante sobre Storytelling para Gestão de Pessoas como uma ferramenta para engajamento de colaboradores. Nele, detalho melhor como uma boa história pode impactar os setores e os negócios da sua empresa, além de como fazer para aplicá-la.

No artigo de hoje, vou te mostrar os conceitos – comentados no meu último post – agora na prática. Ou seja, quais os melhores métodos e ações que podem te ajudar a levar o storytelling para sua empresa.

Para isso, separei 5 passos essenciais para utilizar o storytelling, além de como aplicar cada um deles na sua empresas. Acompanhe!

6 passos essenciais para utilizar o Storytelling na sua empresa

1) Seja simples, direto e emocionante 

Já ouviu falar no termo “o menos é mais”!? Essa é a premissa máxima de um bom storytelling. Ou seja, conte histórias simples, não muito longas e sem muitos devaneios.

O ideal é que cada história seja direta e tenha sua mensagem passada de forma clara. Apresente a simplicidade do que foi vivenciado pelo o outro com vivências cotidianas, por exemplo.

De forma mais prática, escutar o relato do personagem e de como foi sua experiência, vai te ajudar a criar um bom roteiro e contar muito melhor a sua história. Lembre-se: você precisa engajar pessoas. Como? Contando bem uma boa história que possa emocionar de alguma forma.

2) Utilize os recursos da Jornada do Herói 

Falamos até agora em estrutura básica para montar um Storytelling, mas você sabia que existem estruturas mais completas para a contação de histórias, a Jornada do Herói é uma delas.

Fica melhor para você assimilar quando pensarmos nos filmes de super herói ou qualquer outro que tenha como enredo as características que envolvem essas etapas.

Não sei se você gosta ou já assistiu, mas existem filmes muito legais para se observar essa estrutura. O filme “Senhor dos Anéis”, “Hércules”, “Harry Potter”, “Os Vingadores”, todos utilizam a mesma trilha de contação de história para envolver e encantar o público.

A Jornada do Herói foi criada por  Joseph Campbell, em 1989, no livro “O Herói de Mil Faces”. Essa metodologia de contação de história consiste em contar a mesma história, repetidamente em diversas culturas, onde o herói passa por uma sequência de passos e desafios que geram para ele um desenvolvimento, finalizando com a volta para casa com uma recompensa.

A Jornada do Herói na prática: “O Senhor dos Anéis”

Para ficar mais fácil o entendimento, vamos analisar a história do filme Senhor dos Anéis. Veja:

  • Mundo Comum: essa é a fase do estado atual ou parte em que vive. No caso do Senhor dos Anéis, essa é a fase em Frodo Bolseiro, personagem principal.
  • Chamado para aventura: quando existe uma missão a ser feita, quando Frodo encontra o anel e é convocado para levá-lo para ser destruído.
  • Mentor: personagem responsável por preparar o herói para sua jornada, no caso do filme o mentor era representado por Gandalf o cinzento.
  • Teste de Provação: essa fase é marcada por percalços, onde o herói atravessa por uma dificuldade. No filme podemos ver os desafios que Frodo passa até chegar a Mordor para destruir o anel, nessa parte vemos que ele tem o apoio da comitiva do anel e os opositores são os orques.
  • Desafio Final: esse processo é onde o herói enfrenta o seu inimigo, no filme vemos 2 desafios enfrentados por Frodo, que seria entrar em Mordor e lutar contra o desejo de possuir o poder do anel.
  • Recompensa: pode ser reconhecimento, poder ou prêmio. Para o nosso personagem a recompensa está representada em salvar a Terra Média do poder de Sauron.
  • Retorno para casa: quem assistiu a trilogia vai lembrar que essa parte é representada pelo resgate de Sam e Frodo, pelas águias quando elas a tiram dos rios de larva de Mor.
  • Vida Nova: quando o herói retorna para a sua vida comum, mas com uma nova visão de mundo, após a experiência vivida. No filme vemos isso quando Frodo vai escrever sobre suas memórias e as lições aprendidas quando ele volta para o Condado.

3) Proximidade ou “Gente como a gente”: aplique histórias cotidianas

Você pode pensar: “Legal isso tudo, mas ainda não entendi como isso pode ser aproveitado para a mudança de uma cultura organizacional ou engajamento das pessoas!?”. 

Se eu disser que tudo tem a ver e que essa jornada foi inspirada nas nossas próprias dificuldades e histórias. A coragem de vencer as dificuldades do nosso cotidiano foi colocada sobre outra ótica com desafios que seriam salvar o mundo.

Porém, a nossa jornada da vida pode ser retratada e abordada de várias maneiras. Por exemplo: a mãe que sai de casa cedinho para ir trabalhar, mas antes tem que acordar de madrugada para arrumar o filho para escola e precisa deixar tudo pronto, assumindo funções difíceis todos os dias. Ou, até mesmo, um pai de família que precisa sustentar toda uma família com salário menor do que o que ele realmente precisa.

Todos são heróis e quantos desses, assim como nós, não poderiam contar sobre sua jornada. Todos eles, em sua jornada, tem uma missão. Nós também temos.

Por isso, vai a dica: contemos histórias factíveis e que se assemelhem com nossos colaboradores. Ou seja, busquemos histórias de personagens de “gente como a gente”. Somos todos inspiradores com nossas histórias. 

Contar essa história, atrelando a algo que precisamos mudar em nossas empresas, é a receita do êxito para esse recurso.

4) Seja verdadeiro

Existem muitas situações de empresas que deram “um tiro no pé” quando pensaram em usar essa contação de história para clientes, mas com fatos inverídicos.  No storytelling, a veracidade das informações é muito mais importante, do que criar fatos para emocionar mais as pessoas.

Você pode criar na edição o ar de fantasia e personagens fictícios, mas precisa deixar isso claro desde o início da história.

5) Conheça alguns recursos práticos para construção de histórias

  • PIXTON

O Pixton possibilita que você crie quadrinhos e monte a sua ferramenta, é simples e intuitiva. Use e abuse desse recurso.

  • SCRIBBLE PRESS

Com o Scrible Press, você poderá criar história com imagens e fotos e o mais legal, é gratuito. 

  • UTELLSTORY

UTellStory é uma plataforma online que permite contar e compartilhar histórias com fotos, vídeos, áudio e animações. 

  • MEOGRAPH

Meograph é um dos sites mais conhecidos para a criação de histórias próprias e pode compartilhar a sua criação. 

  • CHOGGER

Chogger  é outra ferramenta que possibilita a criação de quadrinhos. 

  • ZOOBURST

Esse recurso vai possibilitar que você crie animações como histórias, iguais dos livros em que, quando você abre as páginas, os objetos “pulam” da folha.

6) Cative e envolva as pessoas

Outro ponto relevante para esse recurso é envolver as pessoas a participarem. Esse é um ponto que mais senti de dificuldade nesse processo.

Conseguir fazer com que as pessoas vençam os medos de se expor e de enfrentar as câmeras, por exemplo, é um desafio diário.  É sempre importante respeitar a decisão dos colaboradores, mas trabalhe para envolvê-los e desafiá-los.

Criamos algumas estratégias para ajudar aos colaboradores que participaram conosco de nosso storytelling. Acompanhe minhas dicas. Elas são simples, mas que podem ajudar:

  • Explique para os envolvidos o que você realmente deseja atingir com as histórias e diga que essa pessoa é uma parte importante para que essa mudança aconteça;
  • Tente fazer tomadas/filmagens colocando a câmera mais lateralizada ou que não fique tão frontal, algumas pessoas até conseguem falar suas histórias, mas travam com a simples presença de um celular em punho ou uma câmera montada;
  • Apresente um roteiro do que será perguntado, deixe esse participante bem à vontade para falar e errar em suas falas, diga-lhe que é uma conversa, em alguns casos eu “fingia” que desligava a câmera só para ele ficar mais à vontade. Claro que depois eu mostrava o que foi gravado e tinha o respeito de cortar as partes que ele não queria que aparecesse.

Espero que a partir de agora você comece uma nova história! Se quiser, deixe nos comentários um relato de um storytelling que marcou você, vamos adorar conhecer novas histórias.

Com isso, acredito que esse recurso poderoso pode e deve ser um aliado da área de Gestão de Pessoas para envolver as pessoas. Ele não vai salvar sozinho o mundo, mas pode ser valioso nesse engajamento.

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