Gestão financeira

Conheça 5 indicadores financeiros para não ficar no vermelho

4 minutos de leitura

Os indicadores financeiros são os melhores norteadores das empresas para diversas decisões – do corte ao investimento massivo. Sabemos também que a crise tem mexido muito com a dinâmica das empresas. São momentos difíceis para os empresários, pois ela está diretamente ligada a condição financeira das empresas.

O que se espera é que essa instabilidade passe e o país volte a crescer, mas enquanto isso não acontece, o que você pode fazer para sua empresa se manter no mercado?

Como começar a definir os indicadores financeiros?

Você pode começar conhecendo os números da sua empresa, e isso significa não só ter os dados em mãos, mas também analisá-los de forma estratégica e saber de fato o que está acontecendo ao seu redor. A partir disso, é necessário ajustar tudo que for possível, um exemplo disso é eliminar desperdícios e conseguir identificar oportunidades.

Para ajudar nessa tarefa, hoje vou mostrar cinco indicadores, os quais se torna possível identificar a saúde financeira da sua empesa. São indicadores simples, mas que precisam ser analisados corretamente.

5 indicadores financeiros que mostram a situação da sua empresa

Se você pensa que basta construir planilhas e mais planilhas repletas de números e que as informações necessárias para avaliar a situação da sua empresa vão aparecer como um passe de mágica, você está completamente enganado.

É necessário, primeiro, conhecer quais são os indicadores financeiros que precisam ser analisados e a partir disso, extrair dados que vão te ajudar a enxergar a situação real do seu negócio.

Podemos perceber que hoje, ser estratégico está deixando, aos poucos, de ser um diferencial para se tornar essencial em qualquer negócio, garantindo sua sobrevivência e competitividade no mercado. 

Agora, vamos para o que realmente interessa! Conheça os principais indicadores financeiros e quais informações transmite cada um deles:

1) Rentabilidade

A rentabilidade é o indicador que revela o poder de ganho ou de retorno do capital que foi investido na empresa. Com isso, você saberá se o negócio é de fato atrativo ou não.

A rentabilidade te ajuda a entender se sua empresa está conseguindo “se pagar” de acordo com o retorno que ela proporciona, ou seja, se o que foi investido já foi pago com o retorno do negócio. 

Para o empreendimento ser atrativo para o investidor ele não pode apenas ser lucrativo, precisa também ser rentável.

2) Liquidez

Indica a velocidade ou a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro. A liquidez de uma empresa é medida pela sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo à medida que vencem.

A organização pode ter muitos bens, como:  imóveis, carros, entre outros. Porém, a conversão desses bens em dinheiro, não é tão rápida. Se a liquidez de uma empresa está baixa, significa que ela, independente de ter um patrimônio grande ou pequeno, encontra-se no momento com dificuldades em conseguir recursos. 

A liquidez corrente é  preciso ser bem acompanhada, pois ela mede as condições da empresa em cumprir suas obrigações dentro da data de vencimento. Essa liquidez também mostra quanto o negócio tem a receber no curto prazo em relação ao que deve pagar nesse mesmo período. 

3) Faturamento

É a soma de todas as faturas de um determinado período, normalmente durante um mês. Esse é um dos indicadores financeiros mais importantes.  Por meio dele se torna possível saber quanto a empresa está vendendo e o que isso representa em relação as despesas.

Pode ser utilizado para avaliar se o negócio está faturando de acordo com o que se espera. Se o número estiver abaixo do esperado é um bom momento para rever o que precisa ser feito para o seu faturamento aumentar cada vez mais.

Você também precisa avaliar se o objetivo que você espera da sua empresa está de acordo com a realidade do mercado. Estipular metas desafiadoras é interessante para fazer com  que sua equipe de motive, porém se elas não estiverem ao alcance deles pode ser desmotivador e com isso piorar ainda mais os resultados.

4 ) Lucratividade

De forma simples, lucratividade é a receita menos as despesas, ou seja, o que realmente sobra para a empresa e seus investidores. Esse indicador responde se o que você faturou está suficiente para pagar os custos e as despesas da sua empresa e gerar lucro.

O lucro é o valor que “sobra” depois que todos os custos foram deduzidos do valor faturado. Através desse indicador é possível saber o risco que o negócio apresenta — visto que um lucro baixo, mesmo com o faturamento alto, é sinal de que os custos estão elevados. Com isso, é necessário faturar sempre um grande valor, para que a empresa seja capaz de pagar suas contas.

Esse indicador tira o sono de muitos empresários, pois podem ter situações em que a empresa pode estar faturando demais e no final do mês não ter o lucro esperado, esse é um sintoma claro quando o empresário nota que faturou bem, mas que, no final das contas, o dinheiro não está sobrando, e se isso for bem analisado ele vai perceber que suas saídas estão maiores que suas entradas.

Por isso é muito importante fazer o acompanhamento dos seus indicadores para dar tempo de tomar decisões e mudar esse jogo.

5) Nível de endividamento

Esse indicador também merece muita atenção por parte dos empresários, pois ele indica o risco da empresa no futuro. Mesmo com um alto faturamento, o pagamento de juros e dívidas pode deixar a empresa com um saldo negativo.

Você já ouviu esse termo “virar uma bola de neve”? Pois é isso que as dívidas da empresa podem virar  caso esse indicador não for bem analisado.

O endividamento financeiro pode ocorrer por diversas razões. Talvez, o pior deles seja o resultado da conta: receitas – despesas. 

Nesse caso, o ideal é identificar a origem desses problemas e encontrar meios de solucioná-los,  principalmente renegociar com fornecedores e evitar novos empréstimos com taxas de juros e multa muito altas.

Tenho certeza que, através da análise desses indicadores, você vai conseguir ser mais estratégico e reagir com antecedência ao surgir um sinal de crise. Espero que tenha ajudado você e sua empresa com esse post. 

Geordânia Oliveira

Graduada em Administração de Empresas; Especialização em Gestão de Pessoas e MBA em Controladoria e Finanças; Com experiência de 16 anos na área financeira. Produtora de Conteúdo sobre assuntos Financeiros, Professora em Cursos de Gestão Financeira e Gerente de Produto dos sistemas Fortes Financeiro e Fortes Compras e Estoque.

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