Blitzscaling: como alavancar uma microempresa ou pequena empresa?

Blitzscaling: como alavancar uma microempresa ou pequena empresa?
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Toda empresa nasce com o propósito de crescer. Só que esse crescimento é, geralmente, gradativo e cada uma tem o seu próprio ritmo. Para os empreendimentos de alto impacto, essa expansão é muito rápida e o salto é gigantesco. Tudo isso graças a um modelo de gestão conhecido como blitzscaling.

Esse método é caracterizado pela adoção de estratégias que têm o objetivo de estimular o crescimento vertiginoso.

A prioridade é ganhar escala em um curto espaço de tempo. Os maiores exemplos de negócios que alcançaram esse propósito vem do Vale do Silício, de onde saíram gigantes como Facebook e Google.

Quer conhecer melhor o segredo delas? Então, continue a leitura deste artigo e entenda o que é e como funciona o blitzscaling.

O que é blitzscaling?

Blitzscaling é o termo usado para designar o crescimento acelerado de uma empresa. Nesse caso, estamos falando da expansão que ocorre a um patamar muito superior ao de outros concorrentes. Isso só é possível com o ganho de escala do empreendimento. Ou seja, ele chega a mais pessoas em menor tempo, alcançando posições muito competitivas em seu mercado de atuação.

A origem do nome remete ao empresário americano Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn. Hoffman é um dos grandes nomes ligados ao Vale do Silício. Já dirigiu a startup Paypal e tem investido em negócios globais do mercado de tecnologia, como Airbnb, Facebook, Flickr, Zynga, entre outros.

A experiência em escalonar negócios bilionários deu a Hoffman uma visão completa dos mecanismos que têm levado empreendimentos ao sucesso. Estamos falando de experiências que começaram como qualquer microempresa ou pequena empresa, mas que tiveram uma ascensão fora do comum.

Muitas vezes, creditamos o sucesso à genialidade de seus fundadores. É claro que esse componente deve ser considerado, mas o fator principal é que esses empreendedores aprenderam a arte do blitzscaling.

Esse conhecimento, por sinal, Hoffman compartilha no livro Blitzscaling, escrito em parceria com Chris Yeh. Na página de divulgação da obra, os autores apresentam a seguinte descrição (em tradução livre):

“O blitzscaling é um conjunto específico de práticas para estimular e gerenciar o crescimento vertiginoso; um caminho acelerado para o estágio no ciclo de vida de uma startup, onde o seu maior valor é criado.

Ele prioriza a velocidade sobre a eficiência em um ambiente de incerteza e permite que uma empresa passe de “startup” a “scale-up” em um ritmo “furioso” que captura o mercado”.

Como fica demonstrado, não há mágica nesse processo. O blitzscaling tem o objetivo de alcançar grande escala em pouco tempo, mas para isso são seguidos métodos e práticas. Inovação e inspiração não são mero detalhe, claro, mas o sucesso não vem sem o esforço.

Quais são as escalas do blitzscaling?

Como qualquer negócio, os empreendimentos de alto impacto (que ganham projeção graças ao blitzscaling) nascem por um propósito: desenvolver produtos ou serviços que atendam à necessidade de um novo mercado.

Mas como mensurar o crescimento da empresa? Hoffman definiu 5 estágios (ou escalas) distintas. Confira:

  • família: é a fase inicial, em que o empreendimento tem poucos colaboradores (cerca de 10), nem sempre especializados, e ainda está conhecendo e testando o mercado;

  • tribo: o produto ou o serviço já foi lançado e a empresa conta com dezenas de colaboradores, incluindo especialistas, que se concentram em conquistar consumidores;

  • aldeia ou vila: quando a empresa chega ao nível aldeia, já está melhor estruturada, com centenas de funcionários e departamentos especializados, com jurídico, marketing etc.;

  • cidade: o momento em que o empreendimento sai da escala aldeia e chega à cidade é quando, geralmente, já se tornou um negócio global — contando com filiais em outros países, milhares de colaboradores e especialistas, além de equipes dedicadas a identificar novas oportunidades de mercado;

  • nação: o ápice na trajetória do empreendimento de alto impacto é a escala nação, quando o número de colaboradores supera os 10 mil funcionários e a estrutura empresarial passa a contar com novos negócios espalhados pelo mundo.

No blitzscaling, a prioridade é o crescimento acelerado. Isso, inevitavelmente, leva a uma série de desafios ao longo do processo de expansão. É aí que entra a genialidade do empreendedor, que precisa saber conduzir o negócio no meio do caos que vai se formando. Isto é, ele terá que definir quais problemas vai enfrentar primeiro e quais serão deixados de lado.

Em outras palavras, terá que agir no tempo certo, atacando os pontos mais problemáticos que possam comprometer a evolução do negócio.

As escalas que descrevemos anteriormente dão ideia de como parte dos problemas serão vencidos. Observe que na fase “família”, por exemplo, há poucos especialistas colaborando com a empresa (e, às vezes, não há nenhum).

Com o crescimento, as operações e a gestão vão se sofisticando. É promovida a atração de profissionais especializados, departamentalização das atividades, busca por inovação e novas oportunidades etc. O que é preciso considerar é que a expansão deve ser consistente.

Quando esse modelo de gestão deve ser colocado em prática?

Como ficou demonstrado, a microempresa ou pequena empresa, que busca o crescimento por meio do blitzscaling, segue um processo de amadurecimento. A diferença é que as decisões e os investimentos são feitos com foco no ganho de escala e isso faz com que o crescimento seja mais acentuado.

Entretanto, é preciso respeitar alguns limites. Por exemplo, no momento inicial, família, é ideal ter duas prioridades centrais:

  • consolidar o produto ou o serviço que serão colocados no mercado;

  • obter capital para fazer investimentos.

É fundamental que os empreendedores desenvolvam produtos ou serviços que sejam altamente competitivos. A participação dos investidores é outro ponto importante. Para iniciar o processo de blitzscaling, será necessário contar com um bom aporte financeiro.

É por isso que o blitzscaling só começa a ser adotado, efetivamente, a partir da fase seguinte (tribo) ou, ainda, na posterior (aldeia). Nesse momento, já haverá maior conhecimento do mercado e das potencialidades do negócio.

Identificada a oportunidade, ela deve ser abraçada o mais rapidamente possível, pois é isso que colocará o empreendimento à frente de outros negócios do mesmo ramo — e é aí que o blitzscaling fará toda a diferença!

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