Depois de um ano como 2020, repleto de desafios impostos pelo desencadeamento de uma pandemia, ficou difícil tecer prognósticos para o próximo ano. Contudo, apesar das incertezas, algo ficou bem nítido para todos os gestores de RH: o período acelerou uma série de transformações que já estavam em andamento. Entre elas, estão as tendências de gestão de pessoas.
Ter de lidar com os colaboradores no decorrer de meses de alta complexidade exigiu muito tato e estratégias por parte das empresas. A fase problemática, ainda em curso, enalteceu a relevância do papel da gestão de pessoas. Afinal, as organizações não iriam muito longe sem o empenho de seu bem mais valioso: os próprios funcionários.
Confira 3 tendências de gestão de pessoas para 2021
Em 2021, a expectativa é de consolidação de 3 práticas adotadas recentemente. Continue com a gente para se inteirar sobre as principais tendências de gestão de pessoas para 2021.
1. Ênfase na cultura da empresa
Alinhada à visão e missão empresariais, a cultura da organização diz respeito, basicamente, à manutenção de um conjunto de valores, crenças e hábitos valorizados pelos idealizadores do negócio. Disso, nós sabemos. Porém, diante de uma situação inédita na história da sociedade moderna, algo mudou.
A grande questão colocada em pauta, nos últimos meses, foi a necessidade urgente de dar vida aos discursos. Afinal, na maioria das vezes, eles costumavam reverberar frases de efeito distantes da realidade. Com a pandemia da Covid-19, o desvelo dedicado ao ser humano nunca foi tão profundo em uma conjuntura de crise econômica.
No universo corporativo, ficou evidente que a razão de ser (missão) e o alvo central (visão) das organizações precisavam estreitar os laços com aquilo que era transmitido via cultura interna. Gestores de várias partes do mundo perceberam rapidamente que, se ainda não o era, o fator humano deveria ganhar o centro das atenções, ao se tratar de cultura organizacional.
Nem precisamos ir muito longe para entender o motivo de tal preocupação: o fato de que ninguém passou incólume ao atual momento desafiador. Aliado a isso, foi necessário fortalecer as bases das pessoas encarregadas de girar as engrenagens e sustentar o negócio.
A cultura defendida pela organização desempenha uma função ímpar nesse aspecto. Ela é o elemento responsável por unir colaboradores de diferentes setores em prol de um único objetivo. Além disso, ela interfere indiretamente na qualidade do clima organizacional.
Em resumo, de nada adianta ter uma bela missão e uma visão ousada, se a empresa mantém uma cultura falha, incapaz de conectar as partes envolvidas no processo. Por conta de toda a adversidade trazida por uma maré densa, enfim uma boa parcela de organizações notou o peso da cultura na busca de suas conquistas.
2. Flexibilidade no ambiente de trabalho
Com relação à atração de retenção de talentos, os profissionais tiveram que se desdobrar ao longo de 2020. No ano que se aproxima, diversos paradigmas devem ser mantidos. Aqui, o destaque fica com o trabalho home office.
Sim, ele não só já existia como já havia sido totalmente incorporado em determinadas empresas. No entanto, da noite para o dia, passou a ser indispensável nos mais variados segmentos da economia. Como proporciona vantagens às organizações, principalmente a economia de recursos, deve ser algo cada vez mais comum.
Além dos benefícios, os gestores também observaram que, ao contrário do que parecia, o chamado teletrabalho (trabalho a distância) mostrou-se uma alternativa bastante viável. Embora implantá-lo às pressas tenha sido um obstáculo, é notável que o balanço sobre a adaptação das organizações ao referido modelo de trabalho foi bem positivo.
Do lado dos colaboradores, a princípio, o trabalho remoto configurou-se como um imenso transtorno. Mas isso se deve, em grande medida, ao contexto caracterizado pela quarentena. Conforme as atividades sociais foram (ainda que parcialmente) retomadas, as pessoas começaram a ver vantagens no trabalho home office.
Vale salientar que o home office não precisa ser todos os dias. Na verdade, em anos anteriores, muitas empresas preferiam reservar o trabalho exercido em casa para poucos dias do mês. Além disso, esse não é o único ponto relativo à flexibilidade no ambiente de trabalho.
De um modo ou de outro, a intensificação do home office ressalta o caráter predominantemente livre da dita geração “Z”. Criados em contato com mais novos dispositivos e recursos tecnológicos, as pessoas desse grupo costumam ser avessas a ambientes de trabalho herméticos.
Para elas, não faz muito sentido, nem é confortável, seguir jornadas engessadas, ditadas pelo convencional horário comercial. Dessa forma, o gestor de RH do futuro deve atentar-se às novas maneiras de controlar o cumprimento das horas trabalhadas.
Na mesma linha de pensamento, e com o intuito de deixar os colaboradores motivados e à vontade, as salas de descanso também merecem importância. Trata-se daqueles espaços que propiciam uma interrupção temporária da rotina de qualquer tarefa.
Alguns desses ambientes são sofisticados e têm até sala de jogos eletrônicos. Mas até mesmo os mais simples, com sofás e redes, causam um efeito benéfico, aprofundando a ligação dos colaboradores com o espaço de trabalho. Em termos de manutenção de talentos, tal impacto é essencial.
Em um tempo no qual a saúde mental dos funcionários tornou-se pauta quase que diária, a flexibilização das alas internas das empresas vem a reboque. Novamente, trata-se de um movimento que está longe de ser inédito. Contudo, a busca de equipes mais comprometidas e produtivas depende da oferta de itens coerentes com tal anseio.
3. Treinamentos online
No início, o e-learning (aprendizagem virtual, em tradução literal para o português) parecia destinado ao fracasso. Só parecia, pois, no fundo, o problema residia na falta de tecnologia suficiente para desenvolver treinamentos interessantes, objetivos e, sobretudo, efetivos.
Após uma série de guinadas evolutivas, eis que softwares e hardwares finalmente estão aptos a prestar uma contribuição significativa. O resultado não se limita à criação de games fascinantes. Ele se estende aos treinamentos online. Mas ainda há espaço para unir o útil ao agradável — a gamificação empresarial diz muito sobre isso. Desde que haja uma boa porcentagem de criatividade e uma plataforma de qualidade, o e-learning tem tudo para se consagrar no novo mundo que aparece no horizonte.
Essas são 3 das principais tendências de gestão de pessoas do momento. Ou seja, de 2021 em diante, a expectativa é que elas marquem presença constante em organizações de nichos distintos. Reunidas, elas serão decisivas no processo de aprimoramento pessoal e profissional dos colaboradores. Por sua vez, a melhora da produtividade e do faturamento do negócio será apenas uma consequência.
Agora que você já sabe 3 tendências de gestão de pessoas para 2021, já pode começar a colocar em prática. Quer mais conteúdo de qualidade sobre os melhores métodos para gerir pessoas? Siga-nos no Facebook, no Instagram e no YouTube!